A deputada estadual Janaina Riva (MDB) voltou a defender nesta terça-feira (9) que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o governador Mauro Mendes (DEM) façam as pazes para reforçar o combate à pandemia em Mato Grosso, sobretudo neste momento em que faltam leitos de UTI para atender os pacientes com quadros graves de covid-19.
Janaína citou o recente encontro que teve com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e disse que lá a situação está pior que em Mato Grosso. Ela conta que presenciou as dificuldades do governador e comparou com a situação que Mauro Mendes (DEM) encontra em Mato Grosso.
Segundo a deputada, Mauro sofre rejeição da população e de empresários por causa das medidas restritivas, apesar do grande problema de falta de leitos de UTI em todo o estado. Janaína citou ainda que Cuiabá poderia ajudar, com a abertura de leitos que hoje estão bloqueados, tema que já foi questionado pelo governo até na Justiça.
“Nós entramos com muito mais força na criação de leitos, quando ele [Mauro] assumiu o mandato. São três vezes mais leitos. Houve um avanço, mas é preciso aumentar. Soube que Cuiabá está com os leitos bloqueados e isso é um absurdo. São 50 leitos de UTI, já prontos para serem utilizados. Acho que isso tinha que ser uma relação em conjunto. Essa briga entre ele [governador] e Emanuel atrapalha muito isso. Neste momento, devemos superar todas as divergências políticas em prol de um bem comum. Não vejo o porquê de ficar numa discussão política tão prejudicial para a população”, disse a deputada.
Já o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse que Cuiabá não teve nenhum leito bloqueado e ainda alegou que o governo não faz o repasse dos valores das UTIs há quatro meses.
“Um leito de UTI custa R$ 2 mil, sendo R$ 1.600 financiado pela União e R$ 400,00 financiado pelo Estado. Semana passada vocês viram aquela situação injustificável, pela maldade do Estado falar em leitos bloqueados e não tinha. Não só não tinha, como nós nos defendemos na Justiça e o juiz confirmou que os leitos realmente estavam abertos. Daqui para frente, o Estado vai ser obrigado a depositar antecipadamente a parte dele nas contas do município de Cuiabá”, disse o prefeito.