O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, afirmou nesta sexta-feira (7) que o Estado já tem os R$ 460 milhões necessários para construir o Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) entre Cuiabá e Várzea Grande. A garantia foi dada durante audiência pública para debater a decisão de troca do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo BRT, com transmissão pela internet.
Com os recursos em caixa, a previsão do governo é que a instalação do corredor de ônibus do BRT fique pronta em até 18 meses. Por hora, o processo segue suspenso por decisão judicial, que determinou a realização de audiências públicas para debater a troca do modal com a população de Cuiabá e Várzea Grande.
“Esses recursos estão assegurados no orçamento da Sinfra e o Estado para que façamos a execução dessa importante obra para Cuiabá e Várzea Grande: entregar um modal de mobilidade urbana extremamente moderno, eficiente e que faça menos integração e que demande menos tempo das pessoas. Um transporte adequado para a cidade, menos oneroso [...] para os cofres públicos e, o mais importante, ao longo do tempo ele vai onerar menos o bolso de quem paga a tarifa”, disse Gallo.
No encontro, também foi apresentada a diferença de passagem entre os dois modais. De acordo com o engenheiro de transportes Rafael Detoni, que apresentou os estudos durante a audiência pública, a tarifa do BRT custará R$ 3,04, contra R$ 5,28 do sistema VLT. Segundo ele, o Estado teria que arcar mensalmente com a diferença dos valores caso seja feita a opção pelo modal de trilhos.
Foram apresentados os estudos realizados pelo governo do Estado e pelo grupo de trabalho criado em conjunto com a Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana e a Caixa Econômica Federal, que levaram o governador Mauro Mendes (DEM) a optar pelo BRT.
Conforme o projeto apresentado, o governo se responsabilizará pela realização das seguintes obras de infraestrutura: corredor segregado, paradas, estações e terminais, tratamento das calçadas, Parque Linear da Av. Rubens de Mendonça, Centro de Controle Operacional, Garagem Operacional do BRT com subestação de recarga elétrica dos ônibus, sistema de monitoramento e segurança da frota e usuários, sistema de comunicação com os usuários e também pela aquisição dos ônibus movidos à eletricidade.