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Política Sábado, 06 de Fevereiro de 2021, 11:20 - A | A

Sábado, 06 de Fevereiro de 2021, 11h:20 - A | A

TROCA DE MODAL

"Estão falando que será preciso trazer jegues para puxar o VLT", diz Borges

Gabriel Soares*

O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira, defendeu que a decisão sobre o modal de transporte coletivo que será implantado em Cuiabá e Várzea Grande seja tomada de forma técnica, e que seja feita uma escolha o mais brevemente possível. A fala foi feita nesta quinta-feira (4), durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa.

Após recordar que o ex-governador Silval Barbosa, que iniciou as obras do VLT, admitiu ter havido corrupção na decisão de mudar o modal, que inicialmente seria o BRT, Borges também cobrou uma decisão célere para não causar mais prejuízos ao erário estadual e à população pela indefinição e as obras paradas.

“Os vagões estão apodrecendo sob sol e chuva, e nos canteiros onde passaria o VLT já foram até plantadas árvores, já têm árvores frondosas. Estão até falando que será preciso trazer jegues do Nordeste para levar o trem até o Coxipó, porque ele não consegue subir a Ilha da Banana”, disse. 

Borges destacou que a decisão do governador Mauro Mendes (DEM), que anunciou no dia 21 de dezembro a troca do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), foi tomada de forma política e já foi referendada pela Assembleia Legislativa.

“A decisão política já foi tomada pelo governador e foi referendada pela Assembleia. O governante tem respaldo para decidir, mas não pode decidir simplesmente pelo que passa na sua cabeça. O governo se baseou em estudos técnicos que apresentou, contratou empresa especializada. O Ministério Público entende que as autoridades têm que agir como no caso da pandemia da covid-19, em que estamos respeitando a ciência, o que dizem os cientistas. No caso do modal, temos que ouvir os engenheiros, advogados, técnicos, para embasar a decisão”, afirmou.

“O que não pode é continuar sem decidir isso logo. O que temos que fazer, tomada a decisão, é fiscalizar. Aliás, entendo que temos que legalizar a prática do lobby no nosso país. Os nossos deputados federais, senadores poderiam apresentar projetos de lei e, principalmente, fiscalizar isso”, concluiu.

*Com informações da assessoria

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