Cuiabá, 12 de Setembro de 2024
Icon search

CUIABÁ

Política Sexta-feira, 27 de Outubro de 2023, 07:01 - A | A

Sexta-feira, 27 de Outubro de 2023, 07h:01 - A | A

DIVÓRCIO CONTURBADO

Faissal diz que não aceita cabresto e espera melhor momento para sair do partido

Da Redação

O deputado estadual Faissal Calil afirmou nesta quarta-feira, 25 de outubro, que sua saída do Cidadania independe do aval do PSDB, sigla federada com o Cidadania. Em conversa com jornalistas, ele comentou que nenhum partido vai lhe colocar cabresto e que já tem um entendimento com o presidente estadual do seu partido, Marcos Marrafon, que irá liberá-lo 'no momento certo', sem correr o risco de perder o mandato.

“É uma situação de consenso. Eu converso muito com o nosso presidente, que é o Marrafon, foi o qual assinou minha ficha de filiação, sabia dos meus funcionamentos, que eu sou um deputado de direita e nós vamos contribuir. Quando eu falo contribuir, é graças à nossa candidatura junto ao Cidadania que nós conseguimos fazer dois deputados estaduais”, disse.

 

Faissal enfatizou que bancou a sua campanha de reeleição com o próprio dinheiro, sem ajuda da federação e de seu partido. Além disso, ele comentou que também ajuda o PSDB, que é beneficiado com suas licenças, indicando os suplentes.

“Nós temos suplentes hoje do PSDB que assumem nessa Casa de Leis, é porque esses suplentes estão assumindo o lugar do deputado Faissal, que é do Cidadania. Então, na hora que eu quiser sair, o Marrafon falou que tem a carta. Só estou decidindo o melhor momento. Eu, nas campanhas municipais, tal como foi em 2020, eu sou independente”, ressaltou.

“Não é o partido que vai me por cabresto. Eu tenho as minhas posições e quando eu falo que eu sou independente, é porque eu fiz uma candidatura com dinheiro meu e da minha família. Não recebi verba nenhuma, nem de majoritária, nem de partido e nem de fundo. Isso tem que deixar bem claro. Então, eu não devo nada ao PSDB. Faissal é do Cidadania e a minha conversa é estritamente com o Marrafon”, complementou.

Questionado sobre a possibilidade de os suplentes do Cidadania recorrerem à Justiça para ficar com sua cadeira na Assembleia, Faissal demonstrou tranquilidade, dizendo que a maioria dos suplentes do seu partido vão caminhar junto com ele para o PL.

“Converso muito bem com os suplentes. Se eles desejarem entrar [na Justiça], eu não posso impedir, mas isso vai ser discutido então judicialmente, se eles quiserem entrar. Agora, eu com os suplentes, eu converso tão bem que boa parte deles estão indo para o PL também”, frisou.

SEM CONSENTIMENTO

O presidente do PSDB em Mato Grosso, deputado Carlos Avallone, disse que, se houver necessidade de um posicionamento do seu partido, não irá aceitar a saída de seu colega de parlamento. Avallone comentou que Faissal já tem um entendimento nesse sentido com o presidente do Cidadania. No entanto, como as siglas estão 'casadas' judicialmente, o tucano não sabe se a decisão tem que passar pelo crivo do PSDB.

Avallone ainda explicou que seu posicionamento pessoal pode ser diferente do que pode ser entendido por outras lideranças tucanas, mas criticou Faissal por entrar em um partido de centro-esquerda, se eleger por ele, e depois 'virar a casaca'.

 
Cuiabá MT, 12 de Setembro de 2024