O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), classificou a denúncia apresentada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) contra os trabalhos da intervenção na Saúde Pública de Cuiabá como "fantasiosa, caluniosa e mentirosa". Na avaliação do gestor, o prefeito tenta criar uma cortina de fumaça para tentar desviar a atenção de erros cometidos em sua gestão.
"Na verdade, o que o prefeito Emanuel Pinheiro tentou fazer ontem foi uma velha tática dos velhos políticos de tentar criar uma cortina de fumaça para desviar a atenção dos seus desmandos, dos seus problemas e os problemas que, infelizmente, a nossa capital vive hoje, de estar numa cidade abandonada pelo prefeito, toda esburacada, endividada e recheada de casos de corrupção em toda a sua administração do prefeito Emanuel Pinheiro", disse em vídeo publicado em suas redes sociais.
O prefeito esteve na Assembleia nesta semana para entregar a "caixa-preta" contra a intervenção. Com base em denúncias e com os documentos disponíveis no sistema do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), foi levantado rombo de R$ 183 milhões, além de pagamentos de contratos sem empenho, sem liquidação e indícios de pagamentos de despesas sem contrato.
Na avaliação de Emanuel, o governo está usando a Saúde para prejudicar sua gestão e seus aliados nas eleições municipais de 2024. Ele comentou que tem a convicção que o “desmonte” no setor é uma forma de seu adversário político, o governador Mauro Mendes (União), de tentar descredenciar sua gestão no futuro.
No entanto, Garcia considera que o trabalho feito pela intervenção mostra que ele não teve a capacidade de fazer em seis anos o que a equipe estadual fez em apenas cinco meses.
"Onde antes não tinha médico, voltou a ter médico nas unidades. Onde não tinha mais remédio, voltou a ter remédio. As unidades que não faziam mais raio-x voltaram a fazer raio-x. As cirurgias que já não aconteciam há muito tempo voltaram a acontecer. Novas unidades foram inauguradas, como a UPA do Leblon. Enfim, a saúde pública de Cuiabá melhora a cada dia com a intervenção e isso mostra que a decisão do Ministério Público, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas de decretar a intervenção foi assertiva", frisou.