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Política Terça-feira, 28 de Novembro de 2023, 14:23 - A | A

Terça-feira, 28 de Novembro de 2023, 14h:23 - A | A

CORPORAÇÃO DOENTE

Governador, secretário e comandante-geral dizem que Estado fornece apoio à saúde mental de PMs

Da Redação

As recentes mortes de policiais militares por suicídios vem sendo motivo de grande preocupação dentro da corporação da Polícia Militar de Mato Grosso. Entre os casos mais recentes de PMs que morreram por depressão estão as mortes do sargento Hélio Expedito da Silva, de 44 anos e que estava lotado em Sorriso (240 km ao norte), morto no último dia 20, e do 2º sargento da Reserva da Polícia Militar, Ruidalvo Alves de Almeida, que morreu no dia 28 de outubro.

O governador Mauro Mendes (União Brasil) classificou as mortes como "acidente" e pontuou que ocorrem também fora da corporação. E ainda, que existem profissionais da saúde sendo disponibilizados para monitorar esses policiais com a saúde mental fragilizada. 

 

"Lamentavelmente esses acidentes aconteceram dentro da polícia. Infelizmente eles acontecem no cotidiano da sociedade, isso não é um problema exclusivo deste segmento de servidores. Mas, independente de qual segmento for, o Estado tem sempre que agir. Nós temos um programa que está sendo fortalecido e temos profissionais que estão sendo colocados para monitorar, para acompanhar e tentar identificar a depressão é uma doença que atinge milhões de pessoas. No Brasil inteiro e no mundo. É uma doença grave e que se não tratada adequadamente, leva a graves consequências. E uma dessas graves consequências é a pessoa tirar a sua própria vida. Então, nós estamos sim, a Secretaria, a Polícia Militar, vem dando apoio psicológico quando identificado alguém que precisa dessa ajuda", garantiu.  

Secretário estadual de Segurança Pública, César Augusto de Camargo Roveri, alega a existência de uma unidade de saúde disponível para atender os policiais militares.

"Nós temos na Polícia Militar, através do Comando Geral, uma unidade de saúde com alguns profissionais. Tivemos um caso em São José do Rio Claro, e a  Secretaria de Segurança colocou os profissionais dela à disposição. Nós mantivemos por quase 20 dias, policiais de outras localidades que assumiram a segurança pública da cidade para que não só os policiais [da região] como as suas famílias também pudessem passar por um acompanhamento, por uma identificação, se teriam condições ou não de voltar ao serviço... enfim, tudo que o Estado pode fazer e tem o alcance pra fazer foi feito pela Polícia Militar e com apoio da Secretaria de Segurança. Vamos atender todas as polícias do Estado", disse. 

Comandante-geral da PM, coronel Alexandre Mendes, lamentou a falta de bom senso de algumas pessoas que fazem politicagem sobre o assunto. 

"A corporação está machucada e, neste momento, a solução é encontrar meios para ajudar os policiais que estão passando por algum problema psicológico, dando suporte, psiquiátrico e psicológico. A PM está com a ferida em aberta. Nós temos dois colegas recentemente que perderam a vida. E estamos todo dia tentando fazer algo diferente para que nenhum policial possa repetir esse ato. Não estamos aqui para ficar apontando dedos para quem está errado, quem está certo. Nós temos que buscar meios para ajudar a nossa instituição. E é isso que está me machucando, porque nós estamos infelizmente machucados e nós queremos que os nossos policiais militares independente de onde quer que ele esteja, queremos que todos possam receber um tratamento adequado. Possam ser atendidos, possam ser observados", disse.

O comandante irá assinar uma portaria nesta semana para que em todos os Comandos Regionais possa ter uma coordenadoria social e psicológica e que acompanhem os policiais militares com algum sintoma de depressão, ansiedade ou outro problema de saúde na área psicológica recebam ajuda. 

"Estarei assinando uma portaria para que em todos os comandos regionais nós nós possamos ter uma coordenadoria social e psicológica para que o Comando Regional possa acompanhar os policiais militares que porventura tenham algum sintoma de depressão, ansiedade, algum algum problema de saúde na área psicológica e que isso chegue até a coordenadoria central, aqui em Cuiabá. O que nós não queremos é que mais casos ocorra, mas também não posso somente ficar recebendo críticas e dedos apontados e essas pessoas podem nos ajudar perfeitamente com outras medidas que possam melhorar inclusive a saúde da tropa", concluiu. 

 
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