Um grupo de militantes do MDB Cuiabá se reuniram na tarde de sexta-feira (18) em frente ao diretório municipal da sigla, no bairro Santa Rosa, para realizar uma assembleia e elaborar uma carta ao presidente estadual da sigla, Carlos Bezerra, pedindo a permanência do advogado Francisco Faiad no comando do partido em Cuiabá.
Formado em sua maioria por candidatos a vereador que concorreram nas eleições deste ano, o grupo alega que ficou trancado do lado de fora do diretório, que teria sido fechado “na surdina”.
“É questão de justiça. O Dr. Faiad organizou uma chapa de vereadores da qual saímos vitoriosos, elegeu o prefeito Emanuel Pinheiro em uma vitória histórica, ganhou de todos as forças políticas. Acredito que [a decisão] tinha que passar primeiro pelo prefeito Emanuel Pinheiro”, disse o vereador Juca do Guaraná, reeleito no pleito deste ano.
A mudança no comando do MDB de Cuiabá estendeu os embates entre os emedebistas que começaram um pouco antes da campanha eleitoral deste ano. No mesmo dia, chegou a surgir um boato de que o presidente nacional da sigla, deputado federal Baleia Rossi, teria pedido a Bezerra que mantivesse Faiad no comando da sigla.
O Estadão Mato Grosso conversou com Bezerra, que testou positivo para covid-19 e segue em isolamento, e ele negou qualquer interferência nacional no imbróglio, além de colocar ‘panos quentes’ na situação. Segundo ele, nem Janaína nem Faiad estão com o comando do diretório, cuja composição expirou no ultimo dia 15 de dezembro.
O embate deverá ser resolvido após a reunião da Executiva Estadual, que ocorrerá após melhora do presidente estadual da sigla, deputado federal Carlos Bezerra, que testou positivo para covid-19.
CRISES – No último dia 09 foi anunciado que Janaina assumiria o Diretório Municipal Provisório do MDB em Cuiabá. Além da deputada, foram anunciados para compor a equipe o vereador reeleito Juca do Guaraná Filho, Clovis Figueiredo, o advogado Francisco Faiad e o suplente de deputado federal, Valtenir Pereira.
No entanto, o grupo do prefeito reagiu contra a decisão. Emanuel criticou a liderança do partido por não o ter apoiar durante a campanha eleitoral e que não faz nenhum sentido trocar o comando de uma direção vitoriosa por outra que, segundo ele, traiu o partido.
“Tem sentido tirar o partido de um comando vitorioso, leal e companheiro e entregar para o comando derrotado e que traiu o partido? Isso não existe. Isso é pedir para poder ter uma crise interna dentro do partido, mas eu não estou nem discutindo e nem vou discutir publicamente isso aí com eles. Essa briga é do Faiad com a Executiva regional do partido e eu só coloquei um ponto. O Faiad tem que ser o presidente. Vencemos as eleições contra tudo e contra todos”, disse Pinheiro em entrevista à rádio Metrópole nesta semana.