O senador Jayme Campos (DEM) cobrou uma movimentação partidária por conta dos correligionários e presidente Fábio Garcia, para que o partido se organize para a disputa das eleições do ano que vem.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo de WhatsApp e receba as notícias em tempo real (clique aqui).
Jayme disse que entende a insatisfação de alguns deputados estaduais, como Eduardo Botelho e Dilmar Dal’Bosco, que já criticaram Fábio publicamente pela demora em construir um grupo forte para a disputa eleitoral, tanto municipal, quanto federal.
“Na verdade, têm muitos companheiros fazendo esse pedido, no sentido de nós começarmos a movimentar a agremiação partidária, até porque você precisa ter um quadro para deputado federal, deputado estadual, para que fortaleça o grupo na medida que consiga eleger o maior número de parlamentares”, disse Jayme na manhã dessa segunda-feira (10).
No entanto, o senador afirma compreender a demora, causada pela pandemia de covid-19, que impossibilita a realização de eventos com aglomeração. Campos ressalta, porém, que é necessário criar mecanismos para fazer as articulações do pleito
“Pelos projetos de lei que estão lá na comissão especial da Câmara [Federal], vai mudar a legislação. Para você ter noção, o prazo de filiação ia até março do ano que vem, para que você possa se candidatar, agora não, vem para o mês de outubro, então você tem que fazer um trabalho de convencimento das pessoas para filiar não só elas, mas sobretudo, de 30% mulher, e aí que está o descontentamento, do Botelho e Dilmar”, detalhou o senador.
Com cadeira garantida até 2027, quando encerra seu mandato como senador, o democrata pretende se dedicar a ajudar o partido a eleger o maior número de deputados estaduais e federais quanto possível.
Presidente tranquilo
Já o presidente do partido, Fábio Garcia, disse que a crítica faz parte de qualquer atividade que a pessoa exerça, mas detalhou que essa demora já era prevista, pois, foi uma decisão do próprio DEM que, enquanto a pandemia estivesse em alta, não teria reunião partidária.
“Esse foi o combinado e eu estou cumprindo o combinado, no momento que Mato Grosso começa a passar por esse momento mais difícil, não tem problema nenhum de nos reunirmos, conversamos e decidir a forma que o Democratas se preparará para as eleições de 2022”, explicou.
Fábio acrescentou que ainda há muito tempo para as eleições e que na política é preciso deixar a mania de sair de uma eleição e já começar a pensar na próxima, buscando o poder e não o trabalho.
Ele se defende, afirmando que, apesar das críticas, contribuiu para o partido se tornar a maior sigla do estado, com mais prefeitos, governador e um senador.