O governador Mauro Mendes (DEM) comentou que a implementação do BRT (ônibus de trânsito rápido) pode apresentar um superávit de mais de R$ 420 milhões para o Estado. Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (21), Mendes disse que o estudo aponta que seria necessário cerca de R$ 430 milhões para implantação do modal e pode recuperar cerca de R$ 677 milhões caso a ação contra o consórcio VLT seja julgada procedente.
“Se nós fizermos uma conta rápida temos R$ 676 milhões para receber do consórcio, que a cada mês que demorar essa ação ela vai ser corrigida por 1% ao mês mais o IPCA e nós temos uma previsão de gastar R$ 430 milhões pra fazer as obras necessárias de engenharia e a compra dos carros, sob ponto de vista financeiro, esta solução é superavitária”, explicou.
“Nós conseguiremos implementá-las sem utilizar em tese nenhum novo recurso público, além daqueles gastos até o momento”, complementou.
Após estudos, o governador anunciou que deve trocar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) pelo BRT. Os motivos para a mudança é a quantidade de vantagens do novo modal em comparação ao VLT, cujas obras estão paralisadas desde 2014 e que já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos.
O governo encaminhou ofício ao Ministério do Desenvolvimento Econômico e ao Conselho Curador do FGTS autorização para substituir a execução das obras. Além disso, foi protocolada na justiça uma ação contra o consórcio VLT e as empresas que a compõem para condená-los ao pagamento de indenização por danos causados ao Estado de R$ 677 milhões.
“Se nós optássemos pela outra solução nós teríamos que gastar mais de R$ 760 milhões, não nos restou nenhuma dúvida, sob ponto de vista econômico, de curto prazo, ou seja, o custo para implementar, econômico de médio-longo prazo, que é o custo da tarifa, o sistema BRT ele custará pouco mais de R$ 3 a tarifa o outro vai custar R$ 5,28 será que o usuário está a fim de pagar esse preço? Se ele não for pagar, alguém vai ter que pagar”, pontuou.
Mendes ainda comentou que o governo prevê lançar o edital para contratação da empresa da obra em maio e que o início dará independente da situação jurídica.
“Em maio nós publicaremos o edital das obras do BRT e depois vamos comprar aqueles ônibus para que as obras fiquem prontas com os ônibus chegando... a implementação dessa solução não depende da solução jurídica que nós sabemos que podem demorar anos, nós acreditamos que para empresa será muito mais sensata vir para acordo”, disse.