O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) lamentou que Cuiabá tenha recebido poucas doses da Coronavac, suficientes para vacinar apenas 8.027 pessoas do grupo prioritário durante a primeira fase da campanha. Em conversa com a imprensa nesta quarta (20), ele admitiu que pouco é melhor do que nada e prometeu ser mais “audacioso” para cobrar novas doses.
Cuiabá recebeu na terça-feira (19) pouco mais de 8 mil doses, para fazer apenas a primeira aplicação nos grupos prioritários. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) deverá enviar uma nova remessa em cerca de 15 dias, para ministrar a segunda dose no mesmo grupo populacional.
“Muito pouco mesmo para o enfrentamento da covid, mas já é um primeiro passo. Antes pouco do que nada. Vamos ser audaciosos daqui para a frente na cobrança de mais doses, de mais vacinas, e num número muito mais significativo e mais abrangente, como requer a maior e mais populosa cidade de Mato Grosso, que é a capital”, afirmou.
A continuidade do programa de vacinação nacional ainda é uma questão incerta, já que tanto o Instituto Butantan quando a Fiocruz, os dois laboratórios capazes de fabricar as vacinas, estão enfrentando escassez de insumos e já anunciaram que a capacidade de produção das vacinas está comprometida. O governo federal tenta negociar com a China para liberação dos insumos de forma urgente, o que permitiria a manutenção dos esforços para imunização.
Diante da escassez de doses, o prefeito voltou a orientar a população sobre a necessidade de manter os cuidados preventivos e evitar o contágio pelo novo coronavírus, já que será necessário um longo período até que toda a população esteja imunizada. Emanuel ainda garantiu que a cidade está preparada para lidar com a segunda onda de contágios.
“A Prefeitura de Cuiabá não mediu esforços desde o primeiro momento para que pudéssemos ficar de sobreaviso ante uma possível segunda onda que já apontava em outros cantos do planeta. Apesar de outros gestores de capitais e governadores terem desmobilizado todo o aparato de UTIs e de estrutura da rede de saúde no combate à pandemia, eu não autorizei que o mesmo se fizesse me Cuiabá, por pura precaução, para que não fossemos surpreendidos pela segunda onda”, concluiu.