O senador Wellington Fagundes (PL) taxou a possibilidade de lockdown geral uma "loucura", principalmente em Mato Grosso. Ele ponderou que, por o Brasil ser um país de dimensões continentais, não se pode seguir medidas que funcionam a países pequenos. Para ele é necessário levar em consideração a economia.
“Nosso estado de Mato Grosso, você fazer uma coisa [lockdown] geral, onde a nossa economia é fortemente rural de produção agropecuária, e mesmo em tempos de pandemia conseguiu ampliar a sua produção e ajudar mais, porque o homem trabalhando no campo, é diferente de estar trabalhando na cidade”, falou o senador na manhã desta segunda-feira (29).
Fagundes argumentou também que cabe aos prefeitos e governadores a responsabilidade de decretar ou não o lockdown, pois só eles conhecem a realidade local. O senador ainda citou o exemplo de Araguainha (445 km de Cuiabá), que está classificada com risco muito alto de contaminação, e pelo decreto estadual, foi orientada a fazer quarentena obrigatória por 10 dias.
Para Wellingnton, o menor município de Mato Grosso não tem a necessidade de fazer quarentena, pois, não há nem ônibus na cidade, o que já diminui e muito os riscos de contágio e que caberia ao prefeito do município apenas fazer as orientações sanitárias como uso de máscaras, distanciamento social, uso de álcool gel entre outras medidas.
Por fim, o senador disse que houveram erros na condução da pandemia, principalmente do Ministério da Saúde, que já está em seu quarto ministro. Para ele, o governo federal deveria conceder ajuda aos desempregados.
“Assim como para um paciente o oxigênio é vital e remédios bloqueadores são vitais, para o trabalhador o homem, o pai e o chefe de família o trabalho é fundamental. Não podemos mais provocar desemprego de forma desorganizada e o país tem a responsabilidade de ajudar as pessoas que estão desempregadas, nem que o país tenha que emitir moedas e temos reservas cambiais e o Brasil tem que utilizar isso e temos a necessidade de ajudar os menos favorecidos”, falou Wellington.