Em 9 de novembro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, que o governo federal iria comprar e oferecer para a população qualquer vacina contra a Covid-19 que tivesse o aval do Ministério da Saúde e fosse certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Passando pela [Ministério da] Saúde e sendo certificado pela Anvisa, o governo federal vai comprar a vacina e vai disponibilizar, mas não vai ser obrigatória de jeito nenhum”, disse ele, em transmissão pelas redes sociais.
A Anvisa informou nesta terça-feira (23/2) que concedeu o registro definitivo à vacina contra Covid-19 produzida pela Pfizer/Biontech. Este é o primeiro registro desta modalidade aceito no Brasil. Os anteriores foram concedidos em caráter de uso emergencial.
De acordo com a Anvisa, o imunizante teve a segurança, qualidade e eficácia aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da agência.
Desde o primeiro semestre do ano passado, o Brasil tenta comprar vacinas da Pfizer, mas as negociações estão emperradas. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, considera que o laboratório impõe “cláusulas leoninas” ao governo brasileiro.
Na segunda-feira (22/2), representantes da farmacêutica participaram se reuniram com senadores. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a Casa vai elaborar um projeto de lei para permitir que a iniciativa privada possa também comprar vacinas contra a Covid-19.