Em pouco mais de três anos do início da campanha de vacinação contra a covid-19, a maioria das crianças e dos adolescentes não completaram o esquema vacinal do imunizante até a terceira dose. De acordo com os dados do Ministério da Saúde (MS) desta segunda-feira, 11 de março, apenas 7,48% desse público completaram o esquema vacinal em Mato Grosso. Os dados são mais preocupantes quando observado por faixa etária.
Os imunizantes foram disponibilizados para crianças acima de seis meses em 2022, e desde a liberação, a busca pela vacinação infantil é baixa. Segundo o painel de vacinação, apenas 0,87% das crianças de 6 meses a 2 anos tomaram a terceira dose contra a covid-19 em Mato Grosso. Desta faixa etária, 142,2 mil crianças precisam tomar a vacina para garantir a imunização.
Já a vacinação para crianças e adolescentes de 3 a 17 anos, a cada categoria de idade, a adesão à vacinação sobe. Para a faixa etária de 3 a 4 anos, apenas 1% das crianças completaram o esquema vacinal; já para as crianças de 5 a 11 anos, 3,59% aderiram à terceira dose e, por último, na categoria dos adolescentes de 12 a 17 anos, 17,53% aderiram à vacinação no estado.
Quanto à segunda dose, 34,5% das crianças e adolescentes do estado aderiram e pararam no meio do esquema vacinal. Porém, os números não são suficientes e nem garantem uma boa proteção contra o vírus.
Coronavírus continua matando
Apesar de a pandemia ter sido declarada no Brasil há exatos 4 anos, o vírus ainda está circulando e fazendo vítimas em Mato Grosso.
Nos últimos seis meses, 63 pessoas já morreram vítimas do vírus. Destas vítimas, três eram bebês, sendo um menino de 1 ano, outro menino que ainda não havia completado o primeiro ano de vida e uma menina também de 1 ano. A primeira morte foi em Tangará da Serra e as duas últimas aconteceram em Lucas do Rio Verde. Os dados são do Painel Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde (SES), atualizado às 06h06 desta segunda-feira, dia 11.
Os dados nos mostram que entre as idades aqui analisadas, as crianças menores de 5 anos foram as mais atingidas pelo vírus, causando a morte de três nos últimos seis meses e de 48 durante os quatro anos de pandemia.