Escolas da rede pública e privada da Capital voltaram a fechar as portas nesta quarta-feira (31) devido ao novo decreto municipal n. 8372/2021. Ele foi editado nesta terça-feira (30) em cumprimento à decisão da desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Ela determinou que o decreto estadual n. 874/2021 tem caráter impositivo a todos os 141 municípios. Àqueles com classificação de risco muito alto de contágio devem decretar quarentena coletiva obrigatória pelo prazo de 10 dias.
Cesar Cirino é diretor do colégio São Judas Tadeu. Em entrevista ao Estadão Mato Grosso, ele criticou o conteúdo do decreto, que não classifica a Educação Básica como atividade essencial.
“Estamos abertos e trabalhando com a Educação infantil presencial desde setembro, sempre respeitando as regras de biossegurança e não teve nenhum caso de criança infectada ou que se tenha se infectado na escola. Não aceito a forma como eles [os políticos] tratam a educação,. Em outros países a educação vem em primeiro lugar, penso eu. Aqui não”.
Ele pondera ser necessário fazer um levantamento - "bem simples", em seu entendimento - para comprovar que as escolas não são meios de transmissão.
Mãe de 3 crianças, a jovem Veronica Rafalski critica a falta de alternativas para pais que precisam trabalhar e não têm com quem deixar seus filhos. Assim como muitas outras mulheres, ela é mãe e precisa trabalhar para garantir o sustento em casa.
Drama Escolar
Com mais de um ano de pandemia de covid-19, escolas de todo o país tanto pública quanto privada tiveram que fechar as portas e procurar outras formas de seguir com o ensino de educação básica.
A maioria adotou o sistema de aulas remotas, uma vez que essa seria a saída para os mais de 7,55 milhões de alunos matriculados na Educação Básica de Ensino (dados Extraídos do portal do Governo Federal). Inicialmente, essa era a situação mais viável. Contudo, com o passar do tempo, percebeu-se que cada casa vive uma realidade diferente, algumas com condições de ajudar a escola no ensino, outras nem tanto, outras ainda nem tem condições financeiras viáveis nem de ter acesso a internet.