Estamos a menos de dois meses do início do catastrófico período de queimadas que nos assolam todos os anos. Aí vai uma alerta. Atenção! Fumaça e calor à vista.
Como ocorre todos anos e, este não será diferente, medidas paliativas de última hora serão adotadas, promessas de ajuda de governo federal não serão cumpridas, helicópteros prometidos só chegarão na última hora e as campanhas de combate as queimadas enfeitarão horários nobres, somente no período de ápice do problema.
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Condenações públicas de incendiários voluntários, ou não, virão com as ameaças de sempre dos nossos gestores, a ineficiência dos órgãos de controle mais uma vez se desnudará, entrevistas ameaçadoras é o que teremos e o bom e velho fogo vai comer frouxo em quintais, florestas e pantanal. Alguém duvida?
O fato mais que relevante e perigoso para esta anunciada tragédia corriqueira, por aqui, é que agora teremos um agravante que tem nome e sobrenome e vai adorar a carona da irresponsabilidade pública e da pouca importância civil: Habemos COVID 19! MUCHACHOS. O inimigo invisível pode ganhar ainda mais força com a fumaça.
Aqueles problemas respiratórios tão comuns nessa época, crianças em postos de saúde e hospitais procurando nebulizadores, idosos lutando por ar, animais em fuga e procurando abrigo, seca, fumaça e desespero, tudo o que estamos ‘carecas’ de saber e esperamos todos os anos sem nenhuma ansiedade.
Vale lembrar que em 2020, conforme informações do Sistema Único de Saúde (SUS), 70% das internações estavam relacionadas às altas concentrações de fumaça.
Conforme o SUS, pelo menos R$ 960 milhões foram gastos com internações hospitalares por problemas respiratórios devido as queimadas de 2010 e 2020. Cinco estados que constituem a Amazônia Legal concentram os piores índices florestais, são eles: Pará, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Acre.
A Fundação Oswaldo Cruz e do WWF-Brasil, divulgado nesta quinta-feira, apontou que as queimadas foram responsáveis diretas pela elevação dos percentuais de internações nesses estados.
Pois bem, a coisa este ano pode tomar proporções inadministráveis, temos um HECATOMBE (massacre) prestes a explodir devastando vidas, natureza e nosso futuro, caso a inércia de todos se repita.
Vamos cobrar já! Queremos saber que ações estão realmente sendo programadas fora dos gabinetes, falas bem colocadas e aparições midiáticas dos diretamente envolvidos.
O perigo é eminente, real e imediato. Com a palavra os órgãos competentes, além dos demais atores, que têm a obrigatoriedade de dar a devida satisfação sobre o problema que virá e que não tem como ser parado.
Está na hora ou passando dela, de providências e ações à sociedade.
*RENATO V. EPAMINONDAS é cidadão cuiabano, pai, marido, funcionário público, pós-graduado em Gestão Ambiental e um homem que ama sua terra