Em meio ao caos vivenciado nesta segunda onda de covid-19, com tantas mortes sendo registradas em um curto período de tempo, a cidade de Sinop (480 km de Cuiabá) está conseguindo ter fôlego e tem motivos para comemorar nos últimos dias. Desde 13 de maio, o município não registra nenhuma morte causada pelo novo coronavírus. Desde a data, a cidade contabiliza o total de 365 óbitos. No mesmo intervalo de tempo, o município confirmou 283 novos casos da doença.
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A boa notícia também e estende ao número de pacientes com a doença ativa e aqueles que estão internados, cuja quantidade ainda é alta, mas que vem reduzindo discretamente. No dia 13 de maio eram 509 pessoas em isolamento domiciliar e 39 internadas, sendo 20 em enfermaria, 16 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 3 no Hospital de Campanha Covid-19. Já o último boletim, do dia 18, trouxe 492 pessoas cumprindo isolamento domiciliar e 33 internadas, sendo 12 em enfermaria, 11 na UTI e 10 na unidade de campanha.
Além das 365 mortes já confirmadas, o município ainda investiga outros cinco óbitos que podem ter sido causadas pelo novo coronavírus.
LEITOS
Na última segunda-feira (17) a cidade voltou a “respirar aliviada” em relação aos leitos de UTI. Acontece quer o Governo do Estado deu início à desabilitação de 10 dos 29 leitos existentes no Hospital Regional da cidade. A inabilitação estava sendo realizada porque o Estado suspendeu o contrato firmado com a Organização Goiana de Terapia Intensiva, contratada para administrar esse quantitativo.
A organização recorreu à Justiça e já havia conseguido uma decisão para interromper a desabilitação dos leitos, cuja determinação não estava sendo cumprida pelo Estado.
Na última segunda-feira, então, o juiz da 6ª Vara Cível de Sinop, Mirko Vincenzo, determinou a reabertura dos leitos, com cumprimento imediato. O magistrado ponderou que a decisão do governo poderia levar à cidade ao colapso em plena pandemia.
Em caso de descumprimento, Mirko estipulou multa de R$ 1 milhão ao governador Mauro Mendes (DEM), ao secretário de Estado de Saúde (SES), Gilberto Figueiredo, e ao diretor do hospital, Jean Carlos Alencar.
A SES havia decidido suspender o contrato alegando que a empresa não estaria cumprindo normas e requisitos técnicos exigidos para a prestação do serviço.
O magistrado determinou o encaminhamento de toda a documentação do processo à presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas, e ao procurador-Geral da República, Augusto Aras, para as devidas providências.