Cleu Vimar Selvo Pérez, pai do soldado do Corpo de Bombeiros, Lucas Veloso Perez, de 27 anos, morto por afogamento durante um curso de salvamento na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, no último dia 27 de fevereiro, sugeriu que a corporação passe a gravar em vídeo os cursos, para evitar futuras mortes.
“O que nós queríamos mesmo era a vida do meu filho de volta. Não vamos ter. Então, o que a gente, a briga nossa é para que evite que uma futura família passe por esse desespero que nós estamos”, disse ele, em entrevista ao site Esporte e Notícias.
Pérez lembra que a morte de Lucas não é um fato isolado e cita outras mortes ocorridas durante o treinamento aplicado pelo Corpo de Bombeiros de Mato Grosso. Cleu Vimar esteve na manhã desta quarta-feira, 6 de março, no Palácio Paiaguás, juntamente com o deputado estadual Júlio Campos (União), para solicitar ao Governo do Estado que as aulas passem a ser gravadas.
“Conversamos ontem na Assembleia, nós já estamos puxando para fazer um projeto que, no mínimo, esses treinamentos sejam gravados. O Lucas é formado engenheiro mecânico e estava estabilizado. Ele tinha esse sonho de ser bombeiro e achava linda essa história de salvar vidas, mas teve a sua vida ceifada”, finaliza.
TRAGÉDIA
Lucas chegou a ser socorrido por algumas pessoas que acompanhavam o treinamento e foi levado a um hospital particular da capital, mas não resistiu. A Polícia Civil passou a investigação para um Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado pelo próprio Corpo de Bombeiros.
O coronel Dércio Santos da Silva foi nomeado pela Corregedoria do Corpo de Bombeiros para presidir o inquérito que vai apurar as causas da morte do aluno.
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