A tendência de crescimento do setor imobiliário, sinalizada ainda em 2019, deve perdurar por cinco anos. Segundo Marco Pessoz, presidente do Sindicado de Habitação (Secovi), para manter os resultados positivos de 2020 e os previstos para este e os próximos anos, será necessária a manutenção do apoio do governo brasileiro ao sistema.
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“Há interesse em manter essa situação, o governo federal viu que a construção civil traz um resultado rápido não só para os negócios, como também na geração de emprego e consequentemente mais circulação de renda. Agora, estamos chegando perto do patamar de 2013, mas ainda baixo. Está acontecendo um movimento específico, porque estamos tendo grande impacto nos loteamentos de condomínios e venda de imóveis mais caros, pelas classes de renda alta”, pondera Pessoz.
Para que o acesso a imóveis não fique restrito a uma só faixa de renda, o setor espera que as condições macroeconômicas não regridam. “O importante é que sigam positivas para avançar. A nossa preocupação é que não caia, porque se os preços dos imóveis subirem muito, ele vai ser viável só para a ponta dessa pirâmide, que não são muitos”, chama a atenção.
Guido Grande Júnior, vice-presidente administrativo do Sindicato da Habitação (Secovi-MT), também acredita que o bom desempenho do mercado imobiliário deva continuar, pelo menos, até o final do ano. “As instituições bancárias, a exemplo da Caixa Econômica Federal (CEF), prometeram não aumentar os juros de financiamento, mesmo com o aumento já observado da Selic. Enquanto isso não acontecer, o cenário é positivo”.
De acordo com o Sindicato de Habitação de Cuiabá, os imóveis novos têm registrado aumento de preços, porém, os usados têm mantido os valores estáveis. “O mercado está com preços muito interessantes e tem muitas oportunidades”, reforça.
PESQUISA - O estudo de evolução do mercado imobiliário conta com o apoio da Fecomércio-MT e é realizado desde 2015 pelo Secovi-MT em uma parceria com a Secretaria de Fazenda do município de Cuiabá, com fonte dos dados do ITBI municipal.
