O isolamento social, em razão da pandemia da covid-2019, forçou a migração do trabalho presencial para o remoto. Nove meses depois de convívio com a doença e mais adaptados à uma rotina hibrida, pesquisa revela que 91% dos profissionais, se pudessem escolher, gostariam de trabalhar em casa em 2021. O percentual é parte do Índice de Confiança Robert Half, que revela as perspectivas de contratação e expectativas atuais do mercado de trabalho para os próximos seis meses.
A cada diagnóstico positivo para covid-19 significa, pelo menos um funcionário afastado. Para evitar perdas e desfalque maiores, empresas adotaram o afastamento preventivo, com atividades home-office, para evitar contaminações e queda na produtividade.
“Contratar uma pessoa, ou uma equipe, para fazer parte de um time que trabalhe de maneira híbrida, parte na empresa e parte em home office, deve ser a tendência das organizações daqui para frente. O home office, que antes era tratado como uma ideia a ser pensada, saiu do papel em tempo recorde e os resultados, para empresas e colaboradores, foram positivos em sua maioria. Os processos seletivos seguiram o mesmo caminho. Ainda que existam algumas questões sobre a contratação remota, pesquisas apontam que a pandemia deve mudar definitivamente a forma como as empresas realizam seus processos de recrutamento e seleção”, afirma a empresa de recrutamento responsável pela pesquisa.
Passada a fase de adaptabilidade, muitos profissionais aprovaram a ideia e disseram na pesquisa que gostariam de continuar em 2021. De acordo com o levantamento da empresa, 47% dos entrevistados que buscam uma recolocação disseram que gostariam de trabalhar mais dias em casa e menos no escritório. Outros 29% afirmaram que mais dias no escritório e menos dias em casa seria o ideal. Já para o trabalho 100% remoto, 16% disseram ser favoráveis.
A pesquisa da 14ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH) entrevistou 387 pessoas para cada uma das três categorias (empregados permanentes, desempregados e recrutadores), distribuídos regionalmente e proporcionalmente pelo Brasil, de acordo com os dados do mercado de trabalho coletados na PNAD.
“O objetivo é monitorar o sentimento dos profissionais empregados, desempregados e dos recrutadores, que podem estar otimistas ou pessimistas com relação à situação atual do mercado de trabalho e à economia”, explica a publicação.
As respostas da sondagem conduzida pela Robert Half foram coletadas entre 10 de novembro e 25 de novembro de 2020.