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Economia Sábado, 15 de Maio de 2021, 11:04 - A | A

Sábado, 15 de Maio de 2021, 11h:04 - A | A

MERCADO IMOBILIÁRIO

Vendas movimentam R$ 1 bilhão em três meses

O mercado imobiliário de Cuiabá movimentou quase R$ 1 bilhão em transações ao longo dos três primeiros meses do ano. O valor é 47% maior que o mesmo período de 2020, quando os valores das transações ficaram em R$ 655 milhões. O crescimento expressivo desse mercado era esperado pelo setor, que, em 2019, estimou uma tendência de alta para os próximos cinco anos.

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Os negócios imobiliários movimentaram mais de R$ 963 milhões no mercado cuiabano, sendo o maior valor da série histórica dessa pesquisa, iniciada em 2015. Ao todo, 2.782 unidades foram vendidas entre janeiro a março deste ano. Os dados foram reveladas pela pesquisa trimestral realizada pelo Sindicato da Habitação (Secovi-MT) e Federação das Indústrias (Fecomércio-MT), divulgados nessa sexta-feira (14).

Além dos valores transacionados, o setor estimulou a concessão de créditos. No 1° trimestre do ano, o valor financiado saltou para R$ 225 milhões, contra R$ 136 milhões do 1º trimestre de 2020. O aumento observado foi de 65,6%. Já o percentual financiado passou de 20,7% para 23,4%. As condições favoráveis de crédito e juros baixos está entre as motivações dessa procura.

“As condições macroeconômicas estão boas e isso faz com que a confiança do consumidor esteja em alta e continue avançando. Ainda temos juros baixos para o setor, pois o financiamento nos bancos não mudou, apesar da Selic ter ido para 3,50% ao ano. Temos aqui investimento do governo estadual que lançou obras de mais de R$ 9 bilhões, o que aumenta a circulação de dinheiro e atrai investimentos, são vários fatores que contribuem para esse momento”, comenta Marco Pessoz, presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-MT).

O setor de imóveis também foi um dos poucos que prosperaram em meio à pandemia do coronavírus. As taxas de juros baixas ajudaram, a mudança de comportamento dos consumidores e dos investidores, aqueceu ainda mais o mercado.

“A pandemia acelerou o deslocamento de um produto médio para alto. Durante esse período, muitas famílias com crianças em casaram, decidiram sair do apartamento para uma casa com mais espaço. Outra mudança também ocorreu com os investidores, que viram vantagem em tirar o dinheiro do mercado especulativo e jogar no mercado produtivo, ou seja, investindo em imóveis”, destaca Marco.

A prevalência da escolha de um imóvel horizontais é observada na pesquisa. Das 2.782 unidades vendidas, no 1º trimestre, 1.827 eram de imóveis horizontais ou terrenos. Já na hora de decidir entre um imóvel novo ou usado, o maior número comercializado foi de usados: um total de 2.474 unidades, contra 308 novos.

“De lotes em condomínio fechado a casas a venda sempre teve, sendo que muitos desses produtos são seminovos. Muitos desses imóveis estavam represados há alguns anos, porque o mercado não estava favorável com taxa de juros a 12% ao ano. Essa grande oferta [de usados], diante da crise da pandemia que afetou as construtoras – que puxaram o feiro de mão –, os usados sobressaíram sobre imóveis novos”, explica o representante do setor.

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