A quadrilha composta em sua maioria por policiais militares e civis lucrou em apenas dois anos, mais de R$ 1 milhão extorquindo as vítimas e também com a apreensão de 139 kg de entorpecentes.
A informação consta na denúncia oferecida pelo Ministério Público após a operação 'Renegados' deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) no dia 06 de maio. Segundo consta nos autos, em uma ocasião no ano de 2018, o bando extorquiu a quantia de R$ 900 mil de um morador de Várzea Grande que foi detido com uma quantidade considerável de droga que seria levada para o Maranhão.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo de WhatsApp e receba as notícias em tempo real (clique aqui).
O entorpecente estava dentro de um veículo que o homem conduzia. Os policiais passaram a extorquir o mula (pessoa que transporta material ilícito em troca de dinhei) até obter a quantia quase milionária. Além de extorsão, a quadrilha que tinha como líder o investigador Edilson Antônio da Silva, também roubava drogas dos traficantes e revendia.
"Realização de ‘arrocho’ de cerca de 100 quilos de substância entorpecente, com a sua posterior divisão e venda pelos denunciados. Ainda, os acusados, mediante ameaças de prisão à pessoa flagrada com a droga, exigiram o pagamento indevido de valores para deixar de realizar o flagrante. Situação que ensejou a configuração do crime de tráfico de drogas, com causa de aumento pelo emprego de arma de fogo e prevalecimento de função pública", relata o Ministério Público.
Após apreender 100 kg de pasta base de cocaína, a droga foi dividida entre os membros do grupo e revendida por eles. Um dos investigados lucrou com a sua parte de pasta base roubada do traficante, a quantia de R$ 30 mil. Os policiais durante o período investigado roubaram dos traficantes, 129 kg de pasta base e 10 kg da cocaína pura.
A denúncia oferecida pelo Ministério Público, foi aceita pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, no final do mês de maio.