Camila Soligo Damian, suspeita de ter atropelado e matado Márcia Regina da Silva, de 53 anos, foi liberada após prestar depoimento na Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), na noite deste domingo (24), horas depois da bater com o seu carro, um Hyundai Creta na traseira da Honda Biz de Márcia, passando com o carro por cima da vítima. Em depoimento, Camila alegou que fugiu por medo de ser linchada.
As informações foram repassadas pelo delegado Vinícius de Assis Nazário, da Deletran a reportagem do Estadão Mato Grosso, na manhã desta segunda-feira (25). Em entrevista, Vinícius disse que o inquérito sobre o caso já foi instaurado. Segundo o delegado, Camila está sendo investigada por homicídio culposo no trânsito.
Caso seja condenada, Camila pode pegar de dois a quatro anos, cumulada com a suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
O Caso
Segundo o delegado, Camila estava com a irmã e um cunhado em uma festa para assistir a final da Copa do Brasil entre Flamengo e São Paulo, que terminou com a vitória do time paulista. Após a término do jogo, o cunhado de Camila pediu que ela os levasse até um posto, já que estava sóbria.
Enquanto Camila dirigia, os ocupantes do carro hasteavam a bandeira do São Paulo e enquanto passava na frente do Shopping de Várzea Grande, Camila alega que teria confundido o acelerador com o freio e por isso atingiu a motocicleta de Márcia.
Ainda em depoimento, a suspeita diz que desceu do carro em choque com o que havia acontecido. Enquanto isso, algumas pessoas se acumulavam ao redor do carro. Camila disse à autoridade policial que ficou com medo de ser linchada e por isso fugiu.
Mesmo bêbado, o cunhado da suspeita assumiu o volante, voltou para casa e acionou o advogado.
Desdobramentos
O delegado alega que testemunhas precisam ser ouvidas no decorrer do inquérito, mas se caso ficar comprovado que Camila não corria risco de ser linchada pela população, a suspeita pode responder por omissão de socorro e fuga do local do acidente.
Os agravantes, segundo o delegado, podem aumentar sua pena.
O caso continua sendo investigado.