Apesar dos embates, o governador Mauro Mendes disse que não há motivos para sair do Democratas no momento. O governador tem sido assediado por outras siglas e chegou a receber convites, mas disse que está focado em trabalhar para Mato Grosso e "sem muito tempo" para fazer análises políticas.
“Convites houveram, agradeço muito, fiquei lisonjeado, mas, por enquanto, estou analisando e não tenho, como disse e repito, nenhum motivo nesse momento para pensar em sair do Democratas”, disse Mendes, em conversa com a imprensa nesta semana.
Entre os partidos que querem fechar com o governador está o MDB, sigla de seu adversário político, o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro.
“Nesse momento estou focado em trabalhar para Mato Grosso, cumprir com as minhas obrigações como governador e não estou tendo muito tempo para utilizar para análises políticas”, complementou.
Os entraves entre lideranças do DEM começaram durante a campanha eleitoral. Após a suspensão da eleição suplementar ao Senado, que inicialmente estava prevista para acontecer em abril, o ex-governador Júlio Campos decidiu recuar de sua pré-candidatura e o partido se dividiu. Os irmãos Campos decidiram apoiar o ex-deputado Nilson Leitão (PSDB) e fecharam a primeira suplência da chapa encabeçada pelo tucano. Já o governador ficou ao lado de Carlos Fávaro (PSD).
Durante as convenções, o partido resolveu liberar seus filiados. No entanto, a decisão deixou cicatrizes. Além disso, algumas lideranças do Democratas também criticaram a falta de participação do governador durante a campanha eleitoral.
À imprensa, Mendes reconheceu que faz pouca política partidária e ressaltou que foi eleito governador do Estado para cuidar dos interesses coletivos e não para fazer política partidária. “Como governador a minha principal tarefa não é cuidar do DEM, é cuidar da população de Mato Grosso e de todos os aspectos ligados ao interesse público", frisou.
“Política partidária eu faço pouca sim, mas não fui eleito para fazer política partidária, fui eleito para cuidar dos interesses da população. Se perguntar para a população se elas querem que eu faça política partidária, reunião de partido, o rame-rame o dia inteiro ou trabalhando para entregar resultado, eu não tenho dúvida de qual será a resposta”, comentou.