O vereador Eduardo Magalhães (Republicanos), presidente da Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá, disse que a Casa “está de mãos atadas” quanto à situação do vereador Chico 2000 (PL) alvo da Polícia Federal e afastado do cargo por suspeita de corrupção. Como a Justiça negou acesso ao inquérito, Magalhães disse que não pode dar andamento em nenhum processo contra Chico. Ele falou do assunto nesta quinta-feira, 05 de junho.
Chico foi alvo da PF nesta quinta-feira mais uma vez. De acordo com a informações, ele estaria abordando eleitores apoiadores de um outro candidato também do PL e oferecendo vantagens indevidas para obtenção de voto.
“Até o presente momento a juíza negou que fosse compartilhado o inquérito com a Câmara Municipal, ou seja, a Câmara Municipal ter acesso às provas para poder então dar início a qualquer processo”, disse.
Chico e o vereador Sargento Joelson foram alvos da Operação Perfidia e consequentemente afastados do cargo. Nesta semana, a juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), proferiu uma decisão ordenando que a Câmara pague os salários retroativos dos vereadores afastados.
“Por outra forma, nós vemos outra decisão judicial ordenando a Câmara Municipal a executar o pagamento dos mesmos enquanto se encontram afastados... Nós sabemos que ninguém pode ser condenado ou absolvido antes do tempo. Então, a Câmara Municipal está de mãos atadas para não cometer nenhum tipo de ilegalidade”, comentou Magalhães.
Para dar andamento em algum processo contra Chico ou Joelson, a Justiça precisa compartilhar os autos das investigações.
“Temos que aguardar o compartilhamento, por quê? Você não pode colocar em inquérito aqui na Câmara como prints de sites ou de folhas de jornal. Se você fizer isso, o acusado vai judicializar e vai ganhar. Então nós temos que aguardar que a Polícia Federal, ou a juíza envolvida no caso, ela venha compartilhar os fatos com a Câmara Municipal”, disse.