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Política Quinta-feira, 05 de Junho de 2025, 15:37 - A | A

Quinta-feira, 05 de Junho de 2025, 15h:37 - A | A

OPERAÇÃO PERFÍDIA

Câmara está de mãos atadas com caso de vereadores afastados, diz Eduardo Magalhães

Presidente da Comissão de Ética afirma que falta acesso ao inquérito judicial para avançar em processo

Da Redação

O vereador Eduardo Magalhães (Republicanos), presidente da Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá, disse que a Casa “está de mãos atadas” quanto à situação do vereador Chico 2000 (PL) alvo da Polícia Federal e afastado do cargo por suspeita de corrupção. Como a Justiça negou acesso ao inquérito, Magalhães disse que não pode dar andamento em nenhum processo contra Chico. Ele falou do assunto nesta quinta-feira, 05 de junho.

Chico foi alvo da PF nesta quinta-feira mais uma vez. De acordo com a informações, ele estaria abordando eleitores apoiadores de um outro candidato também do PL e oferecendo vantagens indevidas para obtenção de voto.

“Até o presente momento a juíza negou que fosse compartilhado o inquérito com a Câmara Municipal, ou seja, a Câmara Municipal ter acesso às provas para poder então dar início a qualquer processo”, disse.

Chico e o vereador Sargento Joelson foram alvos da Operação Perfidia e consequentemente afastados do cargo. Nesta semana, a juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), proferiu uma decisão ordenando que a Câmara pague os salários retroativos dos vereadores afastados.

“Por outra forma, nós vemos outra decisão judicial ordenando a Câmara Municipal a executar o pagamento dos mesmos enquanto se encontram afastados... Nós sabemos que ninguém pode ser condenado ou absolvido antes do tempo. Então, a Câmara Municipal está de mãos atadas para não cometer nenhum tipo de ilegalidade”, comentou Magalhães.

Para dar andamento em algum processo contra Chico ou Joelson, a Justiça precisa compartilhar os autos das investigações.

“Temos que aguardar o compartilhamento, por quê? Você não pode colocar em inquérito aqui na Câmara como prints de sites ou de folhas de jornal. Se você fizer isso, o acusado vai judicializar e vai ganhar. Então nós temos que aguardar que a Polícia Federal, ou a juíza envolvida no caso, ela venha compartilhar os fatos com a Câmara Municipal”, disse.

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