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Política Sexta-feira, 07 de Maio de 2021, 14:09 - A | A

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TOMANDO AS RÉDEAS

Max Russi busca apoio do governo para realização do censo em Mato Grosso

Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB) se reuniu nesta quinta-feira (6) com representantes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio-MT) para debater a proposta de realização do censo estadual, já que o governo federal cancelou a pesquisa em nível nacional.

Além da Fecomércio, também estiveram presentes representantes da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), que deve atuar em uma parceria para realização do censo. Após a conversa, Russi defendeu que Mato Grosso conduza a pesquisa por conta própria, pois é essencial para a elaboração de políticas públicas.

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Conforme o presidente da Assembleia, a atualização dos dados permitirá uma melhor distribuição dos recursos públicos no estado, bem como a atualização dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Russi alerta que muitas cidades têm sofrido impactos negativos com a desatualização, já que houve aumento na população desde o último censo, realizado em 2010, sem o devido aumento nos repasses.

“Esperemos e acreditamos nisso, até porque muitos municípios cresceram. Se chegarem mais recursos, poderá haver melhorias nos investimentos do social, da Saúde... Enfim, uma série de ganhos”, destacou.

O deputado Carlos Avallone (PSDB) também defende que a Assembleia articule junto ao governo para que Mato Grosso realize o censo por conta própria. Ele se prontificou a apresentar a proposta ao governador Mauro Mendes (DEM) e à Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).

“Nós entendemos que Mato Grosso não pode ficar de fora disso. Essas informações fazem parte das preparações de políticas públicas do estado, então se o governo federal não vai fazer, nós temos que arrumar uma forma de fazer”, disse Avallone à nossa reportagem.

Russi afirmou que a discussão sobre o censo estadual tem sido conduzida por Janaína Riva (MDB), mas destacou que a intenção é unir forças de todas as instituições em torno dessa proposta, devido à importância da pesquisa para traçar tanto investimentos públicos quanto privados.

A ideia é que a pesquisa seja feita por meio de uma rede de colaboração, encabeçada pela Fecomércio em parceria com a Unemat e outros institutos especializados em pesquisas.

CORTE FEDERAL

Tradicionalmente, o censo é realizado a cada 10 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O último ocorreu em 2010. Em 2020, a pesquisa foi adiada devido à pandemia de covid-19. Neste ano, foi novamente suspensa por causa do corte de verbas promovido pelo governo federal, que cortou do Orçamento os R$ 2 bilhões que seriam necessários para a realização da pesquisa. O Orçamento da União aprovado destina apenas R$ 71 milhões para a pesquisa, menos de 5% do custo estimado.

No último dia 28, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo realize o censo neste ano. O governo recorreu da decisão, alegando que a decisão da Suprema Corte invade esfera privativa do Legislativo e do Executivo.

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