O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (DEM), disse que a manutenção do veto do governador Mauro Mendes (DEM) pelos deputados, foi lesivo aos servidores públicos aposentados, mas que os parlamentares votaram livremente sem interferência alguma.
De acordo com Botelho, nenhum deputado ficou tranquilo ou confortável com a situação, mesmo os que votaram favoráveis a permanência do veto, pois a taxação de 14% para os servidores aposentados é sofrível.
“Realmente eu, Botelho, não estou com a minha consciência tranquila, eu estou sentindo que esse projeto foi lesivo para essas pessoas que ganham pouco. O sofrimento deles (aposentados) é muito grande e está sendo injusto com eles e vou correr atrás para construir um projeto que diminua essa taxação dos aposentados e que venha do Governo para ser legal o projeto”, disse Botelho.
O presidente falou também que conversou com o governador Mauro Mendes (DEM) e até ele entendeu que essa cobrança dos aposentados causou prejuízo e que pretende fazer uma possível taxação progressiva. À imprensa, ele ainda comentou que mesmo que o veto fosse derrubado nesta manhã, o risco de uma derrota judicial seria muito grande, devido à inconstitucionalidade do projeto de lei complementar (PLC), apresentado pelo deputado Ludio Cabral (PT).
Antes da votação e apresentação do projeto de Ludio, foi tentada uma tratativa entre base e oposição, mas as partes não chegaram a um denominador comum, causando esse imbróglio. O presidente ainda acrescentou que era necessária essa votação para que outro projeto fosse trabalhado junto ao Governo do Estado.
“Politicamente nós vamos construir outro projeto e acredito que o governador tem essa sensibilidade e ele me disse que é necessário fazer alguma mudança, então agora vamos trabalhar positivamente para que isso aconteça”, pontuou.