Cuiabá, 04 de Junho de 2025
DÓLAR: R$ 5,64
Icon search

CUIABÁ

Cidades Segunda-feira, 02 de Junho de 2025, 12:18 - A | A

Segunda-feira, 02 de Junho de 2025, 12h:18 - A | A

LUXO & DESCASO

Assista: Ponto nobre de Cuiabá é tomado por lixo e vira abrigo de usuários de drogas

Cercada por clínicas e prédios, rua enfrenta degradação e espanta moradores e trabalhadores

Da Redação

Uma das avenidas paralelas à movimentada Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), em Cuiabá, tem se transformado em um cenário de abandono e insegurança. A Avenida E, localizada no bairro Jardim Aclimação, ao lado do Bosque da Saúde, uma das regiões mais nobres da capital, está tomada pelo lixo e se tornou ponto frequente de uso de drogas.

Apesar de estar cercada por prédios empresariais, clínicas e residências, a via enfrenta acúmulo constante de entulhos e restos de materiais descartados irregularmente. O que era para ser um corredor de acesso tranquilo entre bairros hoje dá lugar ao medo. Segundo moradores e trabalhadores da região, a situação se agrava nos fins de semana, quando o local é ocupado por grupos de usuários de drogas.

“Eles mexem no lixo, rasgam sacolas, ficam por aqui até tarde da noite. É um ambiente muito sujo e perigoso. A gente se sente abandonado”, relata uma funcionária de um escritório próximo, que preferiu não se identificar por medo de represálias.

O problema não é apenas a sujeira visível. A presença constante de pessoas em situação de vulnerabilidade, associada ao consumo de drogas, tem feito com que muitos evitem passar pelo local, especialmente no fim do dia. “Quando começa a escurecer, ninguém quer mais transitar por aqui. Parece que estamos em uma zona esquecida do Centro de Cuiabá”, afirmou um morador do Jardim Aclimação.

A situação também levanta preocupações com a saúde e o meio ambiente. O lixo espalhado atrai insetos e roedores, e o acúmulo de resíduos orgânicos e materiais cortantes representa risco também para os próprios usuários que vasculham o entulho em busca de recicláveis ou restos de alimentos.

“Não adianta só limpar ou mandar a polícia. Tem que ter um trabalho contínuo, com assistência social, recuperação da área e um jeito de ajudar essas pessoas que estão na rua. Senão, mesmo depois que arrumarem, tudo volta a ficar do mesmo jeito”, diz uma comerciante do Bosque da Saúde.

VEJA VÍDEO:

 

Cuiabá MT, 04 de Junho de 2025