Duas mulheres ficaram feridas com estilhaços que voaram no momento do vazamento do gasoduto Brasil-Bolívia, no trecho da cidade de Nossa Senhora do Livramento nesta manhã de sábado (30 de janeiro). As mulheres receberam atendimento no local e foram transferidas pelo Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) até um ponto denominado Ninho Águia, onde foram então atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas a um hospital. Não há informações sobre o quadro de saúde.
As duas vítimas estavam em uma residência próxima ao vazamento, que acabou sendo atingida pelos detritos de pedra que foram arremessados no rompimento do gasoduto.
A reportagem solicitou informações referentes às duas pacientes, como o estado de saúde e unidade para a qual elas foram encaminhadas. Contudo, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que não poderia atender à demanda por se tratar de informações pessoais, o que violaria a Lei de Acesso à Informação e o Código de Ética Médica.
Uma das mulheres foi atendida pelo Corpo de Bombeiros. A segunda vítima foi atendida já pelos homens do Ciopaer.
Até o momento, segundo o Resumo de Ocorrência do Ciopaer, cinco horas após o vazamento, o gasoduto não foi selado.
O CASO
O vazamento do gasoduto se deu nesta manhã de sábado, na cidade de Nossa Senhora do Livramento, a 100 km de Cuiabá. Devido à grande fumaça que tomou o céu no local, rumores de uma explosão tomou conta das redes sociais.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 9h40, com a informação de explosão. Duas guarnições foram encaminhadas para averiguar a situação. O entorno do local, BR 070, foi fechado para trânsito.
O gasoduto é administrado pela empresa Âmbar Energia, pertencente ao grupo J&F Investimentos S.A. Tão logo houve o incidente, a empresa informou que o incidente não havia deixado feridos e que o gás vazado não apresenta riscos para o meio ambiente. Segundo a Âmbar, equipes já estavam se deslocando para o local para realizar as devidas manutenções e normalizar a situação.
O Governo do Estado, por sua vez, afirmou que já daria início ao procedimento investigatório para tomar conhecimento das causas do acidente.
FAKE NEWS – Além do susto com a ocorrência, o susto gerado pelo que aconteceu, moradores da região ainda precisaram lidar com uma onda de boatos espalhados pelas redes sociais. Em arquivos de áudio, pessoas diziam que toda a BR 070 estava tendo explosões causadas pela tubulação do gasoduto.