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Cidades Quinta-feira, 01 de Abril de 2021, 11:06 - A | A

Quinta-feira, 01 de Abril de 2021, 11h:06 - A | A

CASOS SÓ AUMENTAM

Secretário diz pandemia será ainda pior em abril devido à "guerra dos decretos"

Jefferson Oliveira

O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, prevê que o mês de abril será ainda mais difícil que os meses anteriores por falta de conscientização da população e também dos gestores municipais quanto à necessidade de quarentena. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (31), ele defendeu que o isolamento e a vacinação em massa são os melhores remédios para a pandemia.

Gilberto destacou que o não cumprimento do decreto estadual que prevê quarentena obrigatória, por 10 dias, nas cidades com risco ‘muito alto’ de contágio custará a vida de muitos mato-grossenses. Março foi o mês mais letal da pandemia até agora, com 1.835 mortes em Mato Grosso.

“Cada um de nós neste momento assume o risco que quer correr. É desconfortável, já temos uma lista de 200 pessoas à espera de um leito de UTI. Vamos ampliar leitos de UTIs toda a semana, mas, como já disse, essa é uma competição que não se vence. Vamos ter um mês de abril muito difícil em face dessa falta de consenso nas medidas que devem ser adotadas para proteger a população”, disse.

O secretário também disse que fica frustrado ao ver um prefeito dizer que não vai cumprir um decreto ou fechar a cidade quando deveria, pois esses mesmos gestores procuram a Secretaria Estadual de Saúde (SES) com demandas de medicamentos, oxigênio e leitos de UTI.

Gilberto destacou que os prefeitos têm autonomia e arbítrio para adotarem as medidas que entendem necessárias em seus municípios, mas é preciso pensar no interesse coletivo e na situação atual da pandemia em Mato Grosso. Ele lembrou que o sistema de saúde já colapsou, tanto na rede pública quanto na rede privada, e é preciso a adoção de medidas que ajudem a reduzir o grau de contágio.

Nesta quarta-feira (31), Mato Grosso registrou 100 mortes por covid-19 em 24 horas. A ocupação dos leitos de UTI está em 98% e há uma fila de 157 pessoas aguardando uma vaga no tratamento intensivo.

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