O consumo e aumento de dívidas entre as famílias com renda acima de 10 salários tende a cair neste ano. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reajustou a taxa Selic em 0,75%. O objetivo é desestimular o consumo e, com isso, controlar a inflação do país, que já tem projeções de superar o teto da meta estabelecida pelo governo.
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“A taxa básica de juros subiu, o que encarece o crédito e tem expectativa de aumentar a taxa, fechando o ano em 6%”, alerta a economista Thais Sampaio.
O cenário de 2021 aponta para algo bem diferente do que se viu no ano passado. Nas decisões do Copom ao longo de 2020, predominaram as reduções da Selic, levando a taxa a atingir seu menor patamar da história (2% a.a.). Na época, o objetivo era estimular o consumo no país, que estava reprimido pelo isolamento social e pela suspensão das atividades econômicas, em razão da pandemia do novo coronavírus.
Agora, no entanto, a situação é diferente. Com a injeção do auxílio emergencial, houve um aumento abrupto nos preços ao consumidor, influenciado também pela desvalorização da moeda brasileira no mercado internacional. Isso levou o próprio Banco Central a reconhecer a possibilidade de uma taxa oficial de inflação de 5,1% neste ano, o que pressiona para novas altas nos juros.
A economista Thais Sampaio faz o alerta: “A inflação ainda cresce, que significa o aumento generalizado dos preços e aumento do consumo, em especial com supermercado, combustível e energia, dentre outras despesas básicas”.