Concessões de 512,2 quilômetros de rodovias estaduais devem reduzir o custo logístico de Mato Grosso nos próximos dois anos. A assinatura dos contratos de concessão de três lotes de rodovias, totalizando investimentos de mais de R$ 6 bilhões, ocorreu nesta quinta-feira (6), no Palácio Paiaguás.
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Além das concessões, houve a transferência de outros 419,3 km de rodovias à responsabilidade da Associação Agrologística de Mato Grosso, por meio das parcerias sociais.
A oficialização dos contratos é considerada um marco para a infraestrutura mato-grossense, que hoje possui 22,3 mil km de estradas não-pavimentadas, contra oito mil quilômetros de rodovias asfaltadas.
“O estado é o maior produtor de soja, algodão, carne bovina, milho e também do etanol de milho. Já são mais de 71 milhões de toneladas produzidas por ano, e a previsão é dobrar esta marca nos próximos 10 anos, sem precisar de desmates. Esse é um passo importante para Mato Grosso, pois visa melhorar o escoamento da produção agrícola e de proteína animal e, com isso, a qualidade de vida da população”, destacou o governador Mauro Mendes (DEM).
Mesmo já tendo consolidado como o estado com a maior participação nas exportações do agronegócio brasileiro, com 18,3% do total, Mato Grosso ainda sofre com uma infraestrutura logística precária, que reduz sua competitividade no mercado internacional e até mesmo no comércio interno.
“Somos um estado de dimensões continentais e estamos longe dos portos, por onde a nossa produção chega aos principais consumidores ao redor do mundo. Essas dificuldades obrigaram Mato Grosso a desenvolver tecnologia de ponta e mecanismos que tornaram o estado competitivo frente aos principais players globais”, pontua.
Os três lotes de rodovias foram concedidos aos consórcios Via Norte-Sul, Via Brasil MT-246 e Rota dos Grãos, que venceram o leilão na bolsa de valores brasileira, ocorrido em novembro do ano passado.
Com esses novos contratos, Mato Grosso passa a contar com 1.394 km de rodovias sob regime de concessão. Outros 419 km foram concedidos nos últimos dois anos por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs) Sociais.
A expectativa do governo é que, com o repasse dessas obrigações à iniciativa privada, haja mais dinheiro livre para investimento em outras áreas também prioritárias.
“Com menos despesas para manutenção, mais recursos podem ser investidos em novas obras, que melhoram o trânsito, atraem investimentos, empresas, oportunidades, postos de trabalho e renda. Um jogo de ganha-ganha que vai manter Mato Grosso em ascensão econômica e possibilitará distribuir essa riqueza com a população”, concluiu.
