O índice que monitora a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá revelou uma diminuição de 0,9% em fevereiro, marcando 109 pontos. Após um contínuo crescimento ao longo de um ano, este é o primeiro recuo registrado. No entanto, apesar da queda em relação ao mês anterior, a tendência de crescimento persiste no período de 12 meses, com um aumento de 41,7% em comparação com fevereiro de 2023, quando o índice era de apenas 76,9 pontos.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, através de um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT).
O estudo também destacou que o índice nacional apresenta uma tendência similar, com uma queda pelo terceiro mês consecutivo, registrando 105,7 pontos. No entanto, é importante ressaltar um crescimento significativo de 10,44% na avaliação anual.
Os subíndices que mais contribuíram para o resultado mensal foram o Nível de Consumo Atual (-3,1%), seguido pelo Emprego Atual (-2,6%) e Renda Atual (-2,1%). Por outro lado, os componentes que apresentaram um crescimento mensal incluem a Compra a Prazo (Acesso ao crédito) (0,9%), Perspectiva Profissional (0,1%) e Perspectiva de Consumo (0,1%).
José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio-MT, contextualizou o recuo, sugerindo que pode estar relacionado ao período de recesso e despesas obrigatórias do início do ano. No entanto, ele enfatizou que a comparação com o mesmo período do ano anterior é bastante positiva.
Wenceslau Júnior destacou que "a queda atual, embora leve, pode servir como um alerta sobre o comportamento inflacionário e a geração de empregos, fatores diretamente ligados à intenção de consumo das famílias, podendo influenciar positiva ou negativamente o cenário econômico local nos próximos meses".
A análise atual sobre o emprego revela que 53,6% dos entrevistados se sentem mais seguros em relação ao emprego atual do que no mesmo período de 2023, enquanto 55% afirmaram que a renda atual melhorou. Além disso, para uma avaliação futura, 56,8% acreditam que a perspectiva profissional para os próximos seis meses é positiva.