Ignorando seu papel de vereadora, Baixinha Giraldelli (Solidariedade) disse que não é sua função investigar os vereadores afastados Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), que foram afastados do cargo por suspeita de recebimento de propina. Para ela, cabe à Justiça e à polícia investigar os parlamentares. Ela falou do assunto nesta terça-feira, 20 de maio.
Questionada por jornalistas como seria o posicionamento da Câmara Municipal com as denúncias, Baixinha disse que “não sabe”.
“Não sou Justiça para procurar nada. Sobre a Câmara, também não sei, eu acho que ela vai tomar a melhor decisão, tem advogado para isso dentro da Câmara. Eu não vou julgar ninguém, não sei”, falou a vereadora.
Baixinha condenou a atuação dos vereadores da legislatura passada que chegaram a abrir processo de cassação contra o ex-vereador Paulo Henrique (MDB) preso por envolvimento com o Comando Vermelho. Entretanto, o vereador não foi cassado.
“Acho que até na legislatura passada, eles agiram errado, no meu ponto de vista, porque eles não são juízes, não são polícia para fazer investigação. Aqui nós somos vereadores para olhar se estão fazendo novas leis, procurar prefeitura, ver onde está errado. Não ficar julgando as pessoas”, disse.
Na semana passada, por unanimidade, os vereadores arquivaram o pedido para instaurar uma Comissão Processante por quebra de decoro contra o vereador Chico 2000, parlamentar devido ao seu suposto envolvimento no caso de corrupção investigado pela Operação Perfídia, da Polícia Civil. Os parlamentares seguiram o parecer da Procuradoria da Casa, que rejeitou o pedido por falta de provas. A votação ocorreu nesta terça-feira, 13 de maio.
A vereadora opinou que um parlamentar só deve ser cassado após a decisão da Justiça condenando-os.
“Pode ser uma denúncia muito grave. Acho o seguinte, enquanto você não tiver uma definição, o juiz não decretar realmente... Falar até papagaio fala, agora tem que ter prova definitiva. Quando o juiz der uma prova definitiva, aí sim, eu acho que tem que ser cassado. Enquanto não tem, ele tem direito de toda sua defesa. Não só ele, qualquer ser humano tem direito de defesa”, argumentou.