O dólar disparou nesta quarta-feira (27) e fechou em R$ 5,91, no maior patamar da história do país. O recorde anterior havia sido em maio de 2020, quando a moeda atingiu R$ 5,9007. A forte alta veio em meio a rumores de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve anunciar a isenção do imposto de renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês a partir de 2026.
A notícia foi confirmada pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ainda sem maiores detalhes, para o blog da Julia Duailibi, em apuração de Gerson Camarotti e Guilherme Balza.
Atualmente, estão isentos os contribuintes que ganham até R$ 2.259,20 mensalmente. Caso se concretize, a leitura é que o anúncio deve acabar se sobrepondo à divulgação das medidas de cortes de gastos, que também está prevista para essa quarta-feira.
Isso porque além de ir na direção contrária às expectativas do mercado — que esperava medidas robustas de cortes de gastos, como uma sinalização do comprometimento do governo em cumprir com o arcabouço fiscal nos próximos anos — o aumento da isenção de IR significa um forte aumento das despesas públicas. (entenda mais abaixo)
Segundo o Ministério da Fazenda, o pronunciamento à nação de Haddad será ainda hoje, às 20h30, e deve durar 7 minutos e 18 segundos. A pasta não confirmou qual será o tema do discurso.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, operava em queda na última hora do pregão.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Ao final da sessão, o dólar avançou 1,80%, cotado a R$ 5,9124. Na máxima do dia, bateu os R$ 5,9288. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,04%, cotada a R$ 5,8080.
Com o resultado, acumulou:
• queda de 0,10% na semana;
• ganho de 0,46% no mês;
• alta de 19,69% no ano.