O União Brasil e o PP anunciaram, oficialmente, uma federação nesta semana. Em Mato Grosso, ambos os partidos estão satisfeitos com junção e projetam dobrar o número de parlamentares na próxima eleição. O senador Jayme Campos (União), que é entusiasta do “casamento”, falou sobre o impasse em diretórios regionais e citou um atrito na Paraíba, onde as siglas não são próximas.
“Avalio de forma positiva, acho que é bom. Vamos, não só construir uma grande bancada na Câmara, mas no Senado e vamos ver os encaminhamentos. Temos alguns problemas em relação quem vai, de fato, comandar em cada estado. Em Mato Grosso, quem vai comandar é o União Brasil”, disse Jayme.
Esses impasses podem atrasar ou até mesmo azedar a federação. Na Paraíba, ambos os partidos têm nomes fortes para disputarem o Senado Federal, em 2026, fator que exige que ambos fechem um acordo para viabilizar a união.
“Na Paraíba nós temos problemas. Efraim de Moraes, que é senador lá, tem o grupo do Agnaldo Ribeiro, que é senador, que estão em questionamento. Tudo isso tem que ser consertado, ou seja, ver qual será o freio de arrumação que vão fazer para que, tanto o União Brasil, como o PP na Paraíba, se encontram e possam fazer essa grande composição”, disse.
Pelo fato de os partidos comporem o famoso “centrão”, ambos os partidos têm vários aliados do presidente Lula (PT), assim como ministros. Outra ala está ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e faz oposição ao governo Lula. Todos esses arranjos devem ser definidos nesta semana. Jayme Campos, que faz parte do Diretório Nacional, disse que ainda nesta semana será anunciada a federação.
“Até agora não fui convocado [para reunião sobre a união]. Eu sou também membro do Diretório Nacional e imagino que em momento oportuno vão convocar”, falou.
Os partidos formarão a maior bancada na Câmara dos Deputados, com um total de 109 parlamentares, além de garantir os maiores repasses de verba pública destinados ao custeio de campanhas eleitorais. A união tem como principal objetivo as eleições de 2026. Ao somarem seus coeficientes eleitorais, União Brasil e PP aumentam a possibilidade de dobrar o número de representantes eleitos, uma vez que passarão a atuar como um único partido.
