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Política Terça-feira, 29 de Junho de 2021, 10:59 - A | A

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IMUNIZAÇÃO

Mato Grosso pode ser 'projeto piloto' de vacinação em massa

Jefferson Oliveira | Mak Lucia
Repórter | Repórter | Estadão Mato Grosso

Mato Grosso pode ser o ‘projeto piloto’ da vacinação em massa. A informação foi revelada nesta segunda-feira (28) pelo senador Wellington Fagundes, em conversa com jornalistas. Fagundes tem articulado junto ao Ministério da Saúde para que Mato Grosso seja escolhido como ‘piloto’ do projeto de imunização nos estados que têm fronteira seca com outros países.

O ministro Marcelo Queiroga tem falado desde o começo de junho que pretende acelerar o ritmo de vacinação nos estados fronteiriços. A ideia do ministro é criar uma ‘barreira epidemiológica’ com outros países, já que estrangeiros circulam facilmente nessas regiões.

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Fagundes lembrou que Mato Grosso é um estado com larga fronteira seca e tem uma população considerada ‘pequena’ diante dos demais estados, o que pesa a seu favor. Contudo, o início desse programa de imunização das fronteiras esbarra na falta de vacinas.

“Mato Grosso é um estado fronteiriço, que faz cerca com a Bolívia, e [pelo fato de] o estado ser vasto em território, mas relativamente pequeno em população, assim como outros estados, o Ministério da Saúde está estudando a possibilidade de criar um programa para vacinação específico para os estados de fronteira. Isso se tivermos mais vacina”, disse.

O senador comentou que a aprovação do seu projeto de lei que autoriza fábricas de produtos veterinários a produzirem vacinas contra a covid-19 pode ser a solução para o problema de escassez de vacinas. Isso porque a conversão das fábricas veterinárias permitirá produzir cerca de 400 milhões de doses de vacina em apenas três meses, segundo os cálculos apresentados por Fagundes.

Conforme o projeto, os laboratórios de produtos veterinários devem cumprir todas as normas sanitárias e de biossegurança próprias de estabelecimentos destinados à produção de vacinas humanas. Em troca, eles poderão receber benefícios fiscais para compensar os custos da conversão das linhas de produção.

“Nós aperfeiçoamos o projeto inclusive permitindo que essas indústrias possam produzir a vacina da covid-19, não só agora na pandemia, poderão produzir ‘ad aeternum’. Até porque elas vão também se equipar, ter que fazer investimentos”, pontuou.

Fagundes comentou ainda que somente com a vacina será possível combater a pandemia de forma eficaz, já que ainda não existe um remédio eficaz para tratar da covid-19. Diante disso, ele defendeu que todos os esforços sejam voltados à compra ou produção de vacinas, para prevenir uma tragédia ainda maior na pandemia.

“Já ultrapassamos a marca de mais de 500 mil vidas perdidas por falta de vacina. E segundo comprovações cientificas, não há nenhum medicamento no mundo que trate com eficiência a doença. O nosso foco agora tem que ser salvar vidas. É vacina, vacina e vacina”, enfatizou.

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