Durante evento do PL em Cuiabá, o deputado federal José Medeiros (PL) afirmou que Eduardo Bolsonaro tem ganhado relevância política com sua atuação nos Estados Unidos e pode vir a ser o escolhido do ex-presidente Jair Bolsonaro para disputar a Presidência da República, caso ele seja impedido de concorrer em 2026.
A declaração foi dada na noite de segunda-feira (2), durante o “Happy Hour da Militância”, organizado pelo partido.
Ao ser questionado sobre os nomes cotados para a disputa presidencial, como Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Medeiros afirmou que a prioridade segue sendo a candidatura de Jair Bolsonaro, mas destacou a crescente visibilidade de Eduardo, especialmente diante da interlocução internacional que o deputado tem buscado.
“Está muito cedo e nós trabalhamos com a hipótese número 1, número 2 de ser Bolsonaro. O Eduardo está fazendo um trabalho extraordinário lá [nos EUA], coisa totalmente legítima que o PT também já fez, quando a gente não tem mais a quem recorrer, é você buscar nas instâncias internacionais, tipo a OEA ou Tribunal Penal Internacional”, disse Medeiros.
O parlamentar também rebateu críticas ao trabalho internacional de Eduardo, classificando como “erro” as tentativas de criminalizar sua atuação fora do país.
Segundo ele, o filho do ex-presidente tem buscado apoio político entre parlamentares conservadores norte-americanos e pode ganhar ainda mais “envergadura” caso os Estados Unidos venham a sancionar medidas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Medeiros finalizou afirmando que Eduardo não está nos EUA com intenção de viabilizar seu próprio nome, mas sim para garantir que o pai tenha condições de disputar novamente a Presidência:
“Ele não tá lá querendo criar a candidatura dele, ele tá lá querendo arrumar um jeito de que Bolsonaro possa ser candidato aqui. Então, é um doce problema pro PL você ter três possíveis candidatos competitivos. Uma coisa que o PT não tem — a própria presidente do PT já disse: ‘olha, nós temos o Lula e ninguém mais’”.
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