O número de devedores em Mato Grosso caiu -5,94% em relação a maio de 2020. Os dados foram captados pelo núcleo de inteligência de mercado da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Cuiabá, com base em estudo sobre o fechamento de maio de 2021 feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil. Apesar da queda em relação ao ano passado, número de devedores cresceu 0,36% na passagem mensal de abril para maio.
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Comparando os períodos anuais, o número de devedores do Estado teve uma redução melhor que a média da região Centro-Oeste (-4,02%) e nacional (-4,34%). Na passagem mensal, o aumento também foi menor que a região Centro-Oeste (1,06%) e a nacional (0,59%).
Referente a quantidade de dívidas de moradores de Mato Grosso, o número caiu -7,19% em relação a maio de 2020. Sendo que na passagem mensal de abril para maio de 2021, o número de dívidas cresceu 0,51%.
"O cenário apresentado demonstra que Mato Grosso fechou com percentuais de inadimplência mais favoráveis que a região Centro-Oeste e o nacional. Esse fato está ligado a vários fatores, porém destacamos a geração de empregos que está se mantendo com saldo positivo desde o início do ano e a melhora nas vendas ocorridas principalmente nestes últimos 60 dias. Isso significa mais dinheiro girando na economia, até porque mais de 73% da população tem preferido efetuar pagamentos à vista", avaliou o superintendente da CDL Cuiabá, Fábio Granja.
O levantamento apresentou ainda que o total de devedores residentes no Estado ficou próximo de 1,123 milhões. A soma total de dívidas fechou com uma quantidade acima de 2,162 milhões, o que representa uma média de contas em atraso de quase duas (1,925) por cidadão que reside em Mato Grosso. Em valores financeiros, a soma de todas as dívidas ficou acima de 1,92 bilhões de reais.
Os setores com maiores participações do número de dívidas foram Bancos (33,17%), Comércio (30,59%), Água e Luz (16,65%), Comunicação (12,82%) e outros (6,78%).
Já a abertura por faixa etária do devedor mostra a participação de 30 a 39 anos (26,21%), 40 a 49 anos (21,57%), 50 a 64 anos (19,55%), 25 a 29 anos (13,21%), 65 a 84 anos (9,18%), 18 a 24 anos (8,91%) e acima de 85 anos (1,07%).
"A perspectiva de recuperação econômica para o segundo semestre continua sendo positiva, porém sabemos que será gradativa. Uma das formas mais viáveis para acelerarmos os índices positivos é gerar mais confiança para o mercado e isso será possível com a vacinação em massa e aprovação de reformas importantes como a administrativa e tributária", acrescentou Granja.