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Geral Segunda-feira, 21 de Dezembro de 2020, 11:02 - A | A

Segunda-feira, 21 de Dezembro de 2020, 11h:02 - A | A

MUTAÇÃO

O que se sabe sobre a variante do coronavírus no Reino Unido?

James Gallagher | BBC News

Uma variante do coronavírus Sars-CoV-2 tem deixado pesquisadores e autoridades em alerta por todo a Europa desde o anúncio do Reino Unido de que a nova cepa era transmitida de maneira mais rápida em até 70%.

Desde então, inúmeros países fecharam suas fronteiras áreas e/ou marítimas com o território britânico para evitar que a mutação se espalhasse também para outros países. Mas, porque essa mutação está chamando tanto a atenção se é normal que vírus sofram mutações constantes? Segundo os britânicos, os temores com essa variante, chamada de H69/V70, tem como foco a rápida disseminação dela - que já superou a mutação anterior em Londres e no sudeste da Inglaterra - e a possibilidade de que essa alteração afeta partes importantes da estrutura do vírus.

Dados do Centro Europeu para Controle de Doenças (ECDC), a nova cepa circula desde novembro - o Reino Unido fala em detecção no país em setembro - e os três primeiros casos confirmados dela fora do território da Inglaterra (na Austrália e na Dinamarca) têm ligações com o foco de Londres. 

"Já é verificada uma difusão internacional, mesmo que não se conheça a extensão", publicou a entidade em nota. A Itália também já identificou um primeiro caso ligado a uma pessoa que voltou recentemente de Londres, assim como os Países Baixos, Bélgica e África do Sul. 

Para a ECDC, "não há indicações no momento de uma maior gravidade da infecção ligada a essa nova mutação", mas o órgão ressalta que a fase de transmissão ocorreu em um período do ano em que "tradicionalmente, aumentam os contatos familiares e sociais". 

"Dada a atual falta de dados sobre essa nova variante que se difundiu fora do Reino Unido, servem esforços tempestivos para prevenir e controlar a difusão", pontua ainda a entidade, pedindo aos europeus para notificarem imediatamente casos da mutação no sistema da União Europeia. Até o momento, porém, o ECDC não acredita que a H69/V70 provoque alterações capazes de tornar ineficazes as vacinas contra a Covid-19, que já estão sendo aplicadas em diversos países.

- Mutações comuns: As alterações do vírus são comuns e já esperadas conforme ele contamina mais e mais pessoas.

Atualmente, a principal mutação do Sars-CoV-2 havia ocorrido na Europa em fevereiro: o vírus que veio da China sofreu uma alteração, chamada de mutação G614, e tornou-se mais contagioso do que a "versão" asiática, virando a cepa mais incidente no mundo todo.

Conforme as primeiras informações, a H69/V70 já havia sido identificada anteriormente, incluindo no organismo nos visons abatidos na Dinamarca, mas não tinha se espalhado rapidamente entre humanos. Agora, os cientistas buscam mais dados para entender a alteração.

Se a alteração seguir o "roteiro" da G614, o maior impacto será na proliferação da doença do que na mortalidade. Porém, ainda serão necessários estudos mais aprofundados. (ANSA).

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