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Mundo Domingo, 14 de Abril de 2024, 19:14 - A | A

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TENSÃO

Irã envia dezenas de drones e mísseis para atacar Israel

g1

O Irã enviou drones e mísseis para atacar o território de Israel neste sábado (13), disseram militares israelenses. Os drones demoraram horas para alcançar o território israelense. Pouco antes das 20h deste sábado (ou 2h da madrugada de domingo no horário de Israel) foram ouvidas explosões na cidade de Jerusalém. Segundo a mídia israelense, as sirenes de aviso soaram em diversas partes do país.

O Irã enviou drones e mísseis para atacar o território de Israel neste sábado (13), disseram militares israelenses. Os drones demoraram horas para alcançar o território israelense. Pouco antes das 20h deste sábado (ou 2h da madrugada de domingo no horário de Israel) foram ouvidas explosões na cidade de Jerusalém. Segundo a mídia israelense, as sirenes de aviso soaram em diversas partes do país.

Segundo o Canal 12, de Israel, o Irã lançou dezenas de drones e mísseis, num total de cerca de cem artefatos. Alguns foram derrubados pelas Forças israelenses, pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e pela Jordânia antes de chegarem ao espaço aéreo israelenses. A IDF afirma que mais de cem drones foram enviados pelo Irã, mas não falou sobre o número de mísseis.

Trata-se de uma retaliação depois de um bombardeio no dia 1º de abril contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria, em que um comandante sênior das Guardas Revolucionárias do Irã foi morto. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, disse que "os avisos necessários foram dados aos Estados Unidos" sobre o ataque de retaliação. Após o Irã colocar os drones no ar, a Casa Branca afirmou que o ataque vai se desenrolar durante horas.

O que se sabe sobre o ataque do Irã
O Irã enviou dezenas drones para atacar o território de Israel neste sábado.
Os drones demoraram horas até chegar ao alvo.
No caminho, uma parte dos drones foi derrubada por aeronaves de Israel, dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Jordânia.
As primeiras explosões e as sirenes de aviso foram ouvidas por volta de 20h (2h de domingo em Israel).
As forças de defesa israelenses afirmaram que estão preparadas para o ataque.
O ataque é uma retaliação do Irã contra Israel: em 1º de abril, a embaixada iraniana na cidade de Damasco, na Síria, foi atingida, e sete pessoas morreram —entre elas, um comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã.
Segundo o Flightradar, um site que monitora a aviação, os espaços aéreos de Israel, Jordânia, Iraque e Líbano estão fechados.

A IDF afirmou que está em alerta máximo e monitoram constantemente a situação operacional. "O conjunto de defesa aérea está em alerta máximo, juntamente com os caças e os navios da Marinha israelense que estão em missão de defesa no espaço aéreo israelense. A IDF está monitorando todos os alvos", diz a nota.

No fim, pede para que as pessoas em Israel sigam instruções do comando e os anúncios oficiais das forças.

Antes mesmo do ataque, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que Israel estava de prontidão para um ataque direto do Irã e que responderia da mesma forma.

"Nossos sistemas de defesa estão em prontidão e estamos preparados para qualquer cenário", disse ele.

Daniel Hagari, o porta-voz da IDF, afirmou que o país está se defendendo com toda sua força e que essa é uma missão que eles estão determinados a cumprir.

O ministro de Defesa do Irã, Mohammad Reza Ashtiani, afirmou que eles vão atacar qualquer país que abrir seu espaço aéreo para Israel poder retribuir contra o território iraniano.

Representantes do Irã na ONU afirmaram que atacaram em retaliação ao bombardeio do consulado em Damasco e que, agora, a questão está concluída —a não ser que Israel "cometa outro erro" e, nesse caso, a resposta será ainda mais severa. Eles também afirmaram que esse é um conflito entre eles e Israel, e que os Estados Unidos devem manter distância da disputa.

Depois do anúncio do ataque, o Hezbollah, um grupo libanês aliado do Irã, afirmou que disparou foguetes contra bases israelense.

Os rebeldes houthis do Iêmen que, assim com o Hezbollah, são aliados do Irã, também dispararam projéteis contra os israelenses, segundo o jornal "Times of Israel".

Israel já vinha se preparando há dias

O país já estava se preparando e "monitorando de perto um ataque planejado" de Irã ou um de seus grupos aliados há dias, disse o ministro da Defesa israelense Yoav Gallant.

Segundo autoridades israelenses, após o Irã prometer responder ao bombardeio israelense à embaixada iraniana na Síria, que matou comandantes da Guarda Revolucionária, um ataque era considerado iminente. 

Gallant disse ainda que as tropas israelenses devem acatar quaisquer ordens que possam ser emitidas pelo Comando da Frente Interna militar, que mapeia mísseis recebidos e outras ameaças aéreas para que o público saiba se deve se abrigar.

O comando da IDF de Israel proibiu reuniões de mais de 1.000 pessoas em todo o país. 

Apreensão de navio
A Guarda Revolucionária iraniana apreendeu um navio de carga português neste sábado (13) no Estreito de Ormuz, afirmou a agência de notícias estatal iraniana IRNA.

Um helicóptero das forças especiais da Marinha da Guarda abordou o navio de carga português, chamado MSC Aries, e o levou para águas territoriais do Irã. Segundo a Guarda Revolucionária, a embarcação está "ligada a Israel".

A MSC, que opera o Aries, confirmou a apreensão e disse que trabalha com as autoridades competentes para o regresso seguro do navio e o bem-estar dos seus 25 tripulantes.

Em rede social, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse que Teerã pratica pirataria e que deveria ser sancionado por isso.

Irã diz ter apreendido 'navio ligado a Israel'

“O regime do aiatolá de Khamenei é um regime criminoso que apoia os crimes do Hamas e que está conduzindo uma operação pirata que viola o direito internacional”, disse Katz no X.

“Apelo à União Europeia e ao mundo livre para que declarem imediatamente o corpo da Guarda Revolucionária Iraniana como uma organização terrorista e para que sancionem agora o Irão.”
Já o porta-voz militar de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari, disse que “o Irã sofrerá as consequências por escolher agravar ainda mais esta situação”.

A MSC aluga o navio Aries da Gortal Shipping, uma afiliada da Zodiac Maritime, disse a Zodiac em comunicado. De acordo com a empresa, a MSC é responsável por todas as atividades do navio. A Zodiac é parcialmente propriedade do empresário israelense Eyal Ofer. 

Escalada de tensão
A crise começou depois que autoridades iranianas acusaram Israel de um bombardeio ao consulado do país na Síria, que matou um comandante e outros seis oficiais da Guarda Revolucionária Iraniana. O governo israelense não assumiu a autoria.

Os EUA posicionaram navios de guerra para proteger Israel.

O presidente americano Joe Biden avisou que a retaliação ao bombardeio aconteceria e alertou ao Irã que não ataque. Biden ainda garantiu que Washington vai proteger Israel.

Por precaução, vários países como França, Reino Unido, Alemanha e Rússia pediram aos cidadãos que evitem viagens para a região.

 
 
Cuiabá MT, 18 de Maio de 2024