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Mundo Segunda-feira, 11 de Janeiro de 2021, 15:04 - A | A

Segunda-feira, 11 de Janeiro de 2021, 15h:04 - A | A

TENSÃO NO AR

Piloto ameaça retirar passageiros pró-Trump que gritavam em voo nos EUA

UOL

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostraram os passageiros de um voo, alguns sem máscara de proteção contra a covid-19, gritando "EUA! EUA" dentro de um voo de Washington DC para Phoenix na última sexta-feira. Segundo o site Metro UK, algumas pessoas chegaram a gritar "lutar por Trump". Em determinado momento, o piloto então ameaçou desviar o voo para pousar no estado do Kansas e retirar as pessoas com conduta desordeira do local.

Após os gritos incessantes dentro do avião que já havia decolado, o piloto informa através do alto-falante: "É assim que vai ser... um voo de quatro horas e meia até Phoenix. Vamos colocar este avião no meio do Kansas e despejar as pessoas [que estão gritando e sem máscara] — eu não me importo. Faremos isso se for necessário, então comporte-se, por favor".

Após o pronunciamento do piloto é possível ouvir passageiros falando "uau" e rindo enquanto alguém, em tom de piada, imita o piloto dizendo "comportem-se". Na filmagem uma pessoa ainda diz: "Esta não é a American Airlines?".

A ativista conservadora e comentarista política Mindy Robinson estava no voo e criticou o posicionamento do piloto no Twitter.

"Uau. Estou em um avião cheio de patriotas voando de DC para Phoenix e começamos a gritar "EUA"... e o capitão veio e disse que nos deixaria no Kansas se fosse necessário, se não obedecêssemos a todas as suas regras. American Airlines é tudo menos American", afirmou a ativista sem publicar a filmagem completa.

Questionada pelo site Daily Mail, a companhia aérea American Airlines disse que, além dos gritos no voo, os passageiros recusaram os pedidos dos funcionários para que colocassem as máscaras de proteção contra o vírus.

"Na American, levamos a segurança de nossos clientes a sério e valorizamos a confiança que eles depositam em nossa equipe para cuidar deles durante toda a viagem. Antes da partida do Aeroporto Nacional Ronald Reagan de Washington (DCA), o piloto a bordo do voo 1242 fez um anúncio enfatizando a importância de seguir as instruções dos membros da tripulação e cumprir as políticas obrigatórias de cobertura facial", disse uma porta-voz da empresa.

Apesar da confusão, segundo a empresa, o voo decolou no horário estimado e chegou em Phoenix alguns minutos antes do horário previsto.

O caso aconteceu dois dias após manifestantes pró-Trump invadirem o Congresso norte-americano, que realizava uma sessão para certificar a vitória do presidente eleito Joe Biden. As portas do Congresso foram trancadas, um alerta de emergência acionado e os trabalhos foram interrompidos. Cinco pessoas morreram na invasão.

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