A apuração do feminicídio praticado pelo cabo PM Ricker Maximiano de Moraes contra sua esposa, Gabrielle de Souza, nesta tarde de domingo, 25 de maio, tem causado estresse entre as forças de segurança do Estado. Nesta noite, o delegado da Polícia Judiciária Civil (PJC), Edson Pick, afirmou que policiais militares foram à casa do pai de Ricker e retiraram de lá a arma utilizada pelo cabo para matar a esposa. O crime foi cometido no bairro Praeirinho, em Cuiabá.
“Aqui a gente veio fazer a apreensão da arma do crime, que ele tinha deixado na casa do pai dele, aqui é a casa do pai dele e a Polícia Militar veio aqui e retirou a arma da onde ele tinha deixado. Então, mais uma vez, a Polícia Militar veio mexer numa cena de crime [...] atrapalha demais a investigação”, afirmou o delegado à imprensa.
Edson pontuou que ainda não sabe quais são os policiais responsáveis por retirar a arma do local sem autorização. Entretanto, ele ressaltou que a medida compromete as investigações do crime.
“Não sei quem tirou a arma do local. Agora é aguardar a PM apresentar a arma para ela dizer como é que ela pegou a arma do local do crime. [Isso] atrapalha demais”, afirmou.
Gabrielle foi assassinada a tiros neste domingo. A motivação do crime ainda é desconhecida. Após cometer o feminicídio, o policial teria fugido do local, levando consigo sua filha.
A criança foi deixada na casa do pai do cabo, assim como a arma utilizada no crime. Informações preliminares, ainda não confirmadas, são de que Ricker já deixou Cuiabá, passando por Várzea Grande. A Polícia faz buscas pelo suspeito.
PASSADO
No ano passado, o mesmo policial se tornou notícia por ter matado um cachorro pitbull a tiros no bairro Shangri-Lá, onde residia com sua família. À época, câmeras de segurança mostraram que o PM agiu em legítima defesa sua e de sua filha, uma vez que o animal corria na direção deles para atacá-los.