A Assembleia Legislativa (ALMT) deve criar uma comissão especial para acompanhar a briga por terra no assentamento Tapurah/Itanhangá, onde 115 mil hectares de terra estão em disputa entre produtores e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A informação é do presidente Eduardo Botelho (União Brasil).
“Estamos pensando sim nessa possibilidade de criar uma comissão, para fazer esse acompanhamento lá em Itanhangá”, afirmou.
Na última segunda-feira, 5 de agosto, a deputada federal Coronel Fernanda (PL) convocou uma coletiva de imprensa, juntamente com a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja-MT), para denunciar uma suposta ação irregular do Incra na região.
Segundo a denúncia, os produtores estão instalados na região há cerca de 30 anos, a convite dos Governos Estadual e Federal. Eles alegam terem sido convidados para ocupar o espaço para contribuir no desenvolvimento econômico da região. Porém, neste intervalo de tempo, nunca teriam recebido a documentação da terra.
Os produtores alegam ainda que, recentemente, o Incra obteve uma liminar para os produtores desocuparem a área e, sem trânsito em julgado, já está exigindo que os produtores deixem suas terras e anunciando o sorteio de lotes para novos assentados.
Devido ao risco de conflito entre os envolvidos, o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) pediram reforço policial no local.