O governador Mauro Mendes (União) comentou sobre a dura realidade enfrentada pelo Corpo de Bombeiros e brigadistas para combater o fogo nas reservas indígenas. Conforme a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt) nesta semana foram cerca de 41 terras indígenas foram afetadas pelas chamas.
"[...] 14% do meu território, do território do nosso estado é de reservas indígenas muito grande, e muitas vezes de difícil acesso. O Pantanal Mato-grossense que algumas pessoas criticam da Avenida Paulista, ou de qualquer canto do Brasil, é uma região muito protegida. Então começa um incêndio por alguma causa lá, não vou entrar no mérito se é criminoso ou acidental, é uma dificuldade gigantesca, mas a gente tem aviões contratados", comentou ele durante entrevista à Rádio Bandeirantes.
Mendes diz que, desde que assumiu o governo, em 2019, já investiu R$ 360 milhões no combate a incêndios e ao desmatamento ilegal.
"Estou no Governo há 6 anos como governador, já últilizamos R$ 360 milhões para combater os incendios florestais e o desmatamento ilegal. Só este ano foram R$ 75 milhões. Esse planejamento [evitar o incêndio] começou em março, e tem gente que fica falando que o Governo não está fazendo nada. E se tem A, B ou C não fazendo nada, não é o Governo de Mato Grosso", justificou.
O Governador alerta que o Brasil precisa endurecer as leis para penalizar quem comete crimes ambientais e principalmente incêndios.
"No mês de março já tínhamos lançado o programa, treinando gente, contratamos brigadistas, equipamentos, aviões locados agrícolas que estão sendo usados neste combate. Então é uma realidade muito difícil porque essas reservas ambientais e as reservas indígenas estão em locais que temos dificuldades de acessar. E só com avião, quando pulveriza água, e quando ela se aproxima do solo já virou fumaça e evaporou. E tem que fazer o controle ali no dia a dia por terra utilizando várias técnicas. Portanto, não é uma realidade fácil de se combater no estado de Mato Grosso.Precisamos de leis mais duras para penalizar quem comete esse tipo de crime, mais da metade desses incêndios poderiam ser evitados se tivéssemos leis mais duras e um país melhor", concluiu.