O governador Mauro Mendes (União) confirmou que recebeu, nesta quinta-feira, 2 de maio, um ofício encaminhado pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), solicitando uma reunião, tendo como ponto focal a Saúde de Cuiabá e o repasse de recursos. O documento foi enviado após Mendes falar que "audiência não se pede por vídeo" e que tem dificuldades de dialogar com Emanuel, mas parabenizou o gestor por "oficializar" o pedido.
"Oficializou corretamente, está de parabéns. Já encaminhei para a equipe técnica, mas não vou me sentar para ouvir bravata. Estou orientando minha equipe para isso [analisar o ofício], a Casa Civil [ter acesso ao documento], para na próxima semana agendar uma data para que ele seja recebido para uma discussão técnica. Com números e verdades. Números que não refletem a verdade [não serão discutidos], vamos mostrar todos eles", disse Mauro.
Segundo ele, Emanuel vive de uma "lenda, bravata e mentira". "Vamos mostrar números oficiais da própria prefeitura e mostrar que ele está mentindo", garantiu. Ao responder quando ele se sentaria com Emanuel, Mendes disse que apenas quando ele "parar de mentir".
Cobrança ao vivo
Os jornalistas do programa Roda Vida, da TV Cultura, pontuaram que há seis anos Mauro não recebe o prefeito da capital em seu gabinete no Palácio Paiaguás. Como a política é a arte do diálogo, o governador foi questionado se aceitaria uma reunião com Emanuel para discutir a Saúde de Cuiabá.
Mendes se mostrou irritado com a forma como Emanuel fez o pedido de audiência e disse não ter recebido nenhum convite formal, nem mesmo uma ligação ao seu chefe de gabinete. Ele ainda lembrou os casos de corrupção investigados na gestão de Emanuel e classificou a atual administração como a pior da história de Cuiabá.
"Audiência se pede com ofício ou com a ligação para o chefe de gabinete. Até onde eu sei, isso não chegou lá. Segundo, o problema com o prefeito de Cuiabá é que lá... teve 19 operações policiais na Prefeitura. É o recordista talvez de operações no mandato... E o cara está correto? Não está correto", rebateu o governador.