O deputado estadual Júlio Campos (União) negou que haja antecipação das discussões sobre as eleições ao governo e afirmou que possíveis nomes só serão debatidos em 2026, mesmo com seu irmão, o senador Jayme Campos (União), aparecendo bem colocado em pesquisa recente para a disputa pelo Governo do Estado.
Em pesquisa divulgada no último final de semana pelo Instituto Gazeta Dados, Jayme aparece como primeiro colocado entre os eleitores de Várzea Grande para uma eventual disputa ao cargo de governador no próximo pleito.
"2026 vai ser discutido em 2026. É uma precipitação falar sobre e é indelicado com o governador Mauro Mendes, que ainda está na metade do seu mandato", disse Júlio.
Questionado sobre o acordo entre o governador Mauro Mendes (União) e seu vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), para que este seja o candidato a sua sucessão, Júlio diz que Pivetta tem a "simpatia" do grupo, mas o União Brasil discutirá sobre candidatura do partido a portas fechadas.
"Pivetta é filiado ao Republicanos. Se o partido indicar, é um grande nome, é um grande administrador, tem nossa simpatia e nossa torcida, mas somos do União Brasil. Mauro Mendes é presidente, mas é membro. O UB está instituído nos 142 municípios e esse processo vai ser discutido internamente no União Brasil. Se o partido decidir abrir mão de lançar candidatos a Governo e Senado em 2026 e entregar para outros partidos, não é para ser discutido agora, porque temos uma eleição municipal com 97 nomes disputando prefeituras, mais de mil candidatos disputando Câmaras Municipais. São lideranças novas que têm que ser ouvidas", comentou.
Para Júlio, é necessário esperar o término das eleições municipais para avaliar a mudança no quadro político. Ele cita Cuiabá como exemplo, já que a capital hoje é comandada pelo MDB e, em sua aposta, o candidato do União Brasil, Eduardo Botelho, deve ser eleito para comandar o Palácio Alencastro pelos próximos quatro anos.
"A partir do ano que vem o quadro político de Mato Grosso é outro. Em Cuiabá quem comanda é o MDB e no ano que vem esperamos que seja o União Brasil. Muda tudo, é sensível para falar agora, ninguém sabe quem vai estar vivo ou morto. Daqui a pouco morre um com derrame ou infarto... Então, tem que parar com essa precipitação", avaliou.