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Política Quinta-feira, 02 de Maio de 2024, 10:53 - A | A

Quinta-feira, 02 de Maio de 2024, 10h:53 - A | A

ATRAPALHANDO A COMISSÃO

Saída de Edna é cortina de fumaça para seu próprio processo de cassação, diz presidente

Da Redação

A saída da vereadora Edna Sampaio (PT) da comissão processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) está sendo vista como uma 'cortina de fumaça' para não ser intimada por outra investigação, que avalia a possível cassação da petista. A avaliação é do vereador Wilson Kero Kero (PMB), que preside a comissão instaurada contra o prefeito de Cuiabá, em entrevista à imprensa nesta manhã de quinta-feira, 2 de maio.

“Na verdade, a Edna criou uma cortina de fumaça porque tem quatro reuniões ordinárias da comissão nossa, processante, que ela não aparece, literalmente. Então, nós temos que falar a verdade: ela sumiu e sumiu porque ela não poderia ser notificada, ela responde aqui o processo dela na Casa e ela sumiu, se nega a receber [a notificação]”, afirmou.

A saída da petista não é vista apenas como oportunista, mas uma “pedra do sapato” da comissão, que agora precisará substituí-la por outro parlamentar. O novo membro será incluído em um processo que já está em andamento, com trabalhos já realizados e ações definidas.

“Na minha avaliação, a Edna prejudicou a comissão, prejudicou muito [...] Uma coisa é uma cassação, uma substituição que tem que fazer, que tem que ocorrer, não vir ao bel prazer e dizer ‘não quero mais’ e jogar fora. E o que vinha sendo feito? O que vinha sendo construído? Agora, se escondendo, literalmente, para não participar da processante dela, prejudicar os trabalhos aqui”, disparou Kero Kero.

SAÍDA
Edna Sampaio anunciou que deixaria a comissão processante na última terça-feira, 30 de abril. A parlamentar alegou que a comissão não estava realizando os trabalhos da forma correta e que agia de forma a criar mecanismos para o prefeito conseguir anular os trabalhos na Justiça.

A petista chegou a afirmar que o trabalho estava comprometido por ter aliados do prefeito, inclusive na Procuradoria da Câmara, orientando a condução do processo. Segundo ela, a comissão teria o objetivo de 'limpar a barra' dos vereadores da base no período eleitoral e, ao mesmo tempo, fornecer condições para o prefeito reverter a situação.

COMISSÃO
Nesta sexta-feira, 3, a comissão processante deverá ouvir o ex-secretário-adjunto de Gestão na Saúde, Gilmar Souza Cardoso, e o empresário e ex-secretário-adjunto de Saúde, Milton Correa da Costa Neto. Os dois são testemunhas de defesa arroladas pelo prefeito Emanuel Pinheiro.

A comissão foi instaurada após Emanuel Pinheiro ser novamente afastado do cargo pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em 4 de março deste ano. A decisão monocrática foi expedida pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva, que acolheu as alegações do Ministério Público do Estado (MP-MT) de que Emanuel lidera uma suposta organização criminosa.

Três dias após ser afastado, o ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou o retorno do prefeito ao cargo.

 
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